Estudo revela que Terra teve anel ao seu redor assim como Saturno

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Publicado sexta-feira, 20 de setembro de 2024 as 11:15, por: CdB

O estudo foi realizado por cientistas planetários da Universidade Monash, na Austrália, coordenados por Andy Tomkins, e apresenta a hipótese de que o anel existiu por algumas dezenas de milhões de anos.

Por Redação, com ANSA – de Washington

Uma pesquisa publicada na revista Earth and Planetary Science Letters revelou que a Terra provavelmente era rodeada por um anel de detritos e poeira, assim como Saturno e os outros planetas gasosos do Sistema Solar.

Representação mostra como seria a Terra com anel de detritos

O estudo foi realizado por cientistas planetários da Universidade Monash, na Austrália, coordenados por Andy Tomkins, e apresenta a hipótese de que o anel existiu por algumas dezenas de milhões de anos, o suficiente para deixar traços geológicos.

A existência passada desse anel foi sugerida pelo grande número de meteoritos encontrados pelos investigadores em 21 crateras, todos eles caídos na superfície terrestre no mesmo período, o Ordoviciano, entre 485 milhões e 445 milhões de anos atrás, quando havia o supercontinente Gondwana, que contemplava a maior parte das zonas hoje situadas no Hemisfério Sul.

– Ao longo de milhões de anos, os materiais do anel caíram gradualmente na Terra. Vemos uma quantidade extraordinária de meteoritos desse período até mesmo em rochas sedimentares – disse Tomkins. Os pesquisadores também identificaram várias crateras desse período, todas elas localizadas a 30 graus de latitude do equador, e acreditam que um asteroide foi capturado pela gravidade da Terra há 466 milhões de anos.

Limite de Roche

Ele não estava perto o suficiente de nosso planeta para cair na superfície, mas não estava longe o bastante para evitar o chamado limite de Roche, ou seja, a área onde um pequeno corpo celeste sofre a ação das forças de maré até se fragmentar, formando um anel em volta do planeta.

Mais tarde, quando a Terra atravessava a Era Glacial, os detritos começaram a cair pouco a pouco no planeta, um quadro plausível, mas que ainda precisará ser confirmado por novos dados. “O próximo passo da pesquisa será desenvolver modelos numéricos. Começamos a fazer isso e esperamos que outros grupos de pesquisa nos sigam”, afirmou Tomkins.

Dos oito planetas do Sistema Solar, quatro contam com anéis atualmente: Saturno, o mais conhecido, porém também os outros gigantes gasosos Júpiter, Urano e Netuno.

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