O presidente egípcio, Hosni Mubarak, reafirmou em declarações publicadas, nesta terça-feira, pela imprensa local que o Exército de seu país não se envolverá em qualquer combate fora das fronteiras do Egito.
Mubarak respondeu assim aos apelos para que os exércitos de países árabes defendam o Líbano contra a atual ofensiva israelense.
Os pedidos têm sido feitos em manifestações populares em vários países árabes, em protesto contra os ataques israelenses ao Líbano.
– O Egito não se deixará ser forçado a participar de operações militares fora de seu território. Não tomaremos decisões contrárias aos interesses de nossa pátria pelas ações de uma minoria – disse Mubarak.
O Egito, que assinou um acordo de paz com Israel em 1979, qualificou de “irresponsável” a captura de dois soldados israelenses pelo Hezbollah, que deu início ao atual conflito.
A postura é semelhante à da Arábia Saudita, que também responsabilizou a milícia xiita pela atual crise. O Governo egípcio tem sido duramente criticado pela imprensa de oposição e durante as manifestações populares no mundo árabe.
– Nosso Exército serve para defender a nosso território – insistiu o governante, um dos principais aliados árabes dos Estados Unidos.
O chanceler egípcio, Ahmed Abul Gheit, também disse ao jornal de oposição Al Wafd que “o Egito não vai defender o Hezbollah.