Primeiro negro a receber Oscar de melhor ator coadjuvante morre aos 87 anos

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Publicado sexta-feira, 29 de março de 2024 as 12:58, por: CdB

Louis Gossett Jr. obteve o Oscar de Melhor Ator Secundário pelo desempenho do autoritário sargento Emil Foley, em Oficial e Cavalheiro, de Taylor Hackford, em 1982, quatro anos depois do Emmy, pela interpretação de Fiddler, na série Raízes.

Por Redação, com Lusa – de Brasília

Louis Gossett Jr., o primeiro ator negro a conquistar um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e um Emmy de Melhor Ator, morreu na quinta, aos 87 anos, disse nesta sexta-feira um familiar à agência Associated Press.

Louis Gossett Jr. faleceu na quinta-feira, aos 87 anos

Neal L. Gossett, primo do ator, disse à agência norte-americana de notícias que Gossett Jr. morreu na quinta-feira à noite em Santa Monica, Califórnia.

Louis Gossett Jr. obteve o Oscar de Melhor Ator Secundário pelo desempenho do autoritário sargento Emil Foley, em Oficial e Cavalheiro, de Taylor Hackford, em 1982, quatro anos depois do Emmy, pela interpretação de Fiddler, na série Raízes, uma das primeiras grandes produções televisivas a abordar diretamente os crimes do racismo e da escravidão.

Gossett recebeu mais seis nomeações para os Emmy ao longo dos anos, incluindo pela interpretação do Presidente egípcio que negociou a paz com Israel após a Guerra dos Seis Dias, na produção televisiva “Sadat”, de 1983, que mais tarde o ator considerou um dos seus desempenhos preferidos.

A revista Variety recorda hoje atuações de Louis Gossett Jr. em produções televisivas como The Sentry Collection Presents Ben Vereen: His Roots, Backstairs at the White House, Palmerstown, U.S.A., A Gathering of Old Men e Touched by an Angel, assim como a sua participação em Boardwalk Empire e The Book of Negroes, dois dos seus trabalhos mais recentes.

No ano passado foi o patriarca do ‘remake’ de A Cor Púrpura.

Racismo

Em declarações à AP, Neal L. Gossett recorda, no seu primo, “um grande contador de anedotas” e também um homem que admirava Nelson Mandela e que enfrentou e combateu o racismo “com dignidade e humor”.

– Não importam os prêmios, não importa o brilho e o glamour, os Rolls-Royces e as grandes casas em Malibu. O que importa é a humanidade das pessoas que ele defendia – disse Neal L. Gossett.

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