FMI empresta US$ 118 milhões à Bolívia

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Publicado quinta-feira, 3 de abril de 2003 as 11:14, por: CdB

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou na quarta-feira um novo empréstimo para a Bolívia.

O programa terá um ano de duração e inclui um crédito de US$ 118 milhões, dos quais a metade estará disponível imediatamente.

A Bolívia está em situação política e econômica difícil e o FMI flexibilizou exigências anteriores de austeridade que tinham provocado violentos protestos no país.

O acordo com o Fundo abre caminho para que a Bolívia obtenha novos empréstimos também do Banco Mundial.

Protestos

“As autoridades bolivianas estão implementando um programa para estabilizar a situação econômica em 2003 e criar as bases para o crescimento econômico sustentável e redução da pobreza”, disse a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, em um comunicado.

Em fevereiro, 32 pessoas morreram durante uma onda de protestos contra as medidas econômicas propostas pelo presidente boliviano, Gonzalo Sanchez de Lozada, depois de um acordo com o FMI.

O programa previa aumento de impostos sobre salários e uma redução do déficit público de 8,75% para 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

No novo acordo, o déficit público da Bolívia deve ser reduzido para 6,5% do PIB neste ano e não há exigência de aumento de impostos sobre salários.

Crescimento

“O governo programou as medidas cuidadosamente, levando em conta as tensões sociais e a restauração da confiança pública”, disse Anne Krueger.

O FMI prevê que a economia da Bolívia vai crescer 2,9% neste ano, pouco acima dos 2,5% atingidos em 2002.

A vice-diretora da FMI disse também que as autoridades bolivianas estão implementando uma “estratégia coordenada” para fortalecer empresas e bancos que sofreram com a crise.

Os bancos foram afetados por uma fuga de depósitos. Segundo o FMI, em fevereiro os depósitos em dólar nos bancos bolivianos caíram 17% em relação aos níveis registrados no fim de 2001.