Ao todo, serão 11 lojas físicas próprias fechadas, em uma operação milionária que visa reduzir a pressão dos credores sobre o conglomerado internacional. O plano financeiro teve início em fins de junho deste ano com um fundo privado, avaliado em R$ 330 milhões, com a liquidação de cada um dos imóveis listados.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O Grupo Pão de Açúcar (GPA), em grave dificuldade financeira no país e no exterior, colocou em marcha o fechamento de unidades tradicionais do supermercado, nos grandes centros brasileiros. Na maior filial de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, já é visível o esvaziamento do espaço que, inicialmente, recebeu as Casas da Banha, um dos maiores grupos de varejo do século passado.
Ao todo, serão 11 lojas físicas próprias fechadas, em uma operação milionária que visa reduzir a pressão dos credores sobre o conglomerado internacional. O plano financeiro teve início em fins de junho deste ano com um fundo privado, avaliado em R$ 330 milhões, com a liquidação de cada um dos imóveis listados. A transação ocorre no formado ‘sale and leaseback’, possibilitando que o GPA consiga alugá-las em seguidas, se for o caso.
Os contratos de locação das lojas selecionadas terão um prazo inicial de 15 anos, com exceção de três dela, que serão locadas por um período inicial de 18 anos, renováveis por um prazo adicional de respectivo igual período. Outras serão integralmente descartadas.
Grandes vazios
A empresa visa reduzir o prejuízo líquido consolidado de R$ 248 milhões, registrado no primeiro trimestre deste ano, após lucro de R$ 1,4 bilhão no mesmo período em 2022. Os valores incluem as atividades de hipermercados, segmento que o GPA decidiu sair, e do Grupo Éxito, unidade da empresa em países da América do Sul que está sendo segregada.
Dentro do plano de redução da alavancagem, o GPA também pretende concluir a venda de ativos não estratégicos e implementar melhorias operacionais em direção à meta de margem lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada de 8% a 9% em 2024.
O grupo prevê ainda reduzir o excesso de estoque nas lojas e vender, a exemplo do que ocorre na loja de Botafogo, o que abre grandes vazios no salão e a falta de produtos consagrados entre os consumidores.
