Desde que deixou o Palácio do Planalto, esta foi a primeira vez que Bolsonaro tem uma ação julgada no TSE. O pedido pela suspeição de Moraes foi motivado por um gesto do ministro associado à degola numa sessão do tribunal ocorrida em 27 de setembro de 2022.
Por Redação – de Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) amargava, nesta terça-feira, a nova derrota no Plenário Virtual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre um recurso contra o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. Até o ministro indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques, votou contra o pedido da defesa do ex-mandatário neofascista.
Desde que deixou o Palácio do Planalto, esta foi a primeira vez que Bolsonaro tem uma ação julgada no TSE. O pedido pela suspeição de Moraes foi motivado por um gesto do ministro associado à degola numa sessão do tribunal ocorrida em 27 de setembro de 2022. Naquela ocasião, a Corte julgava a possibilidade de Bolsonaro fazer apresentações de cunho eleitoral, pela internet, nas dependências do Palácio da Alvorada e do Planalto.
A indicação principal, apurada pela imprensa na época, foi de que o gesto era direcionado a um assessor que teria demorado para levar uma informação ao ministro. Publicamente, porém, Moraes nunca se manifestou a respeito do recurso de Bolsonaro e nem esclareceu o sentido do gesto.
Gesto
Mediante o sinal do magistrado, os advogados do ex-presidente queriam que o TSE declarasse Moraes suspeito para julgá-lo neste processo que o investiga por abuso de poder político ao usar os palácios para fazer lives durante o período eleitoral.
Em setembro do ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido alegando que se tratava de uma tentativa de “tumultuar as eleições”.
Em seu voto, o ministro Nunes Marques reiterou o argumento de Lewandowski. “O gesto que justificaria o pedido de suspeição sequer tinha relação com o julgamento ocorrido”, concluiu.