50 anos de Rock

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Publicado terça-feira, 13 de julho de 2004 as 15:07, por: CdB

O Dia Mundial do Rock, festejado nesta terça, 13 de julho, celebra a diversidade de um dos mais influentes (e influenciados) gêneros musicais. Do nu metal ao stoner, o rock and roll se redescobriu. Absorveu influências, resgatou suas raízes e caminha mais vivo que nunca, reunindo passado, presente e futuro em suas notas musicais.

Se na década de 90 o Nirvana deu novo gás ao estilo – até então abalado pelo pop comercial ao extremo de Madonna e Michael Jackson – nestes primeiros anos do novo milênio, o rock descobriu que reproduzir timbres e figurinos antigos é “cool”. Estão aí Strokes e Darkness que comprovam a teoria.

Mas não é só o passado que importa. O futuro no rock é agora, e o nu metal mistura rap, música eletrônica e outras improváveis tendências musicais com guitarras distocidas e muito peso. O resultado se dá em petardos (ou álbuns) de bandas como Korn, Slipknot, Limp Bizkit e outros companheiros – não tão notórios, mas não menos influentes.

A viagem no tempo musical do rock também vive o presente. A rebeldia industrializada de Avril Lavigne não passa em branco. A pequena rebelde canadense é um fenômeno incontestável. E se sua música não é o maior exemplo de inovação, o alcance popular que a moça tem é no mínimo digno de aplausos.

Um certo 13 de julho de 1985
A comemoração do Dia Mundial do Rock serve também para relembrar um dos maiores eventos musicais do planeta. Num certo 13 de julho de 1985 o Live Aid aconteceu após ser idealizado por Bob Geldof, da banda inglesa Boomtown Rats, como um evento para ajudar combater a fome na Etiópia.

Os shows foram realizados simultanenamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos EUA. Os números do Live Aid impressionam, mesmo depois de quase 20 anos. Mais de 170 mil pessoas compareceram aos shows (100 mil nos EUA e 70 mil na Inglaterra). Pela televisão, o evento foi transmitido para 160 países, e contou com a audiência estimada de 1,5 bilhão de pessoas.

Também pudera, entre os nomes que participaram do Live Aid, estavam astros de primeira grandeza do rock como Judas Priest, David Bowie, Dire Straits, Sting, Phil Collins, Eric Clapton, Elton John, Paul McCartney, Jimmy Page, Robert Plant, U2, Ozzy Osbourne e The Who entre muitos outros.

Muitos deles, inclusive, chegaram a se apresentar nos dois palcos. Foi o caso de Mick Jagger, que logo após terminar seu show em Londres, voou direto para os EUA para agitar o público que estava na Filadélfia.

Na contagem final, o Live Aid arrecadou mais de US$ 100 milhões para lutar contra a fome na Etiópia. Nada mais justo que o 13 de julho seja relembrado e celebrado todos os anos.

E nasce o rock and roll
Há cinqüenta anos, num distante cinco de julho de 1954, Elvis Presley, Scott Moore e Bill Black ensaiavam, sob a tutela de Sam Phillips, uma versão de I Love You Because de Leon Payne. As tentativas malsucedidas cansaram o trio, e durante uma pausa para o descanso, Presley arriscou alguns acordes de That’s All Right, completamente fora do tempo original.

A nova versão, bem mais acelerada que o blues de Arthur “Big Boy” Crudup, empolgou Moore e Black que voltaram a seus instrumentos para acompanhar o amigo. Antes de cair da cadeira estarrecido, Sam Phillips conseguiu apertar o botão de gravação da fita, para registrar o primeiro rock and roll da história.

Rock e rebeldia: amigos inseparáveis
No dia seguinte, 06 de julho, o trio novamente se reuniu na casa de Moore. O tema principal do encontro seria Blue Moon Of Kentucky, um legítimo bluegrass assinado por Bill Monroe. Apesar da nova versão também pisar, e muito, no acelerador, Scott Moore advertiu Phillips que a combinação do blues (estilo tipicamente negro) do dia anterior e country (legítima trilha sonora dos brancos do sul dos EUA) poderia ofender algumas estações de rádio da região.

Onde Moore viu perigo, Phillips enxergou uma excelente oportunidade comercial e logo começou a prensar o que foi o