23 guerrilheiros morrem em confrontos na Colômbia

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Publicado quarta-feira, 10 de setembro de 2003 as 22:58, por: CdB

Pelo menos 23 membros do principal grupo guerrilheiro da Colômbia morreram em combates recentes com o exército, que mantém uma ofensiva contra a guerrilha em várias regiões do país.

O Comando do Exército disse que os rebeldes mortos pertenciam às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o grupo guerrilheiro ativo mais antigo e numeroso do hemisfério, com 17 mil combatentes.

O maior número de baixas foi registrado na terça-feira, na zona de El Castillo, no Departamento de Meta (equivalente a Estado), 130 quilômetros ao sudeste de Bogotá. Na região morreram nove guerrilheiros durante um combate com tropas da sétima brigada, durante uma operação. As tropas patrulhavam uma região destinada à agricultura e à criação de gado quando detectaram a presença dos rebeldes e começou o combate.

Na manhã desta quarta-feira, oito rebeldes das Farc morreram em um combate com os militares em uma zona rural de Puerto Guzmán, no Departamento de Putumayo, na fronteira com Equador.

– Os rebeldes mortos tinham sob sua responsabilidade a execução de uma série de atentados terroristas contra infra-estrutura viária, energética e de comunicações da zona – informou em um comunicado do Exército.

Outros quatro rebeldes do mesmo grupo morreram em uma zona montanhosa perto de Ramiriquí, no Departamento de Boyacá, nordeste do país. As outras mortes ocorreram em confrontos que se registraram nos Departamentos de Chocó e Caquetá.

As novas investidas contra as Farc são parte de uma ofensiva ordenada pelo presidente Alvaro Uribe, empenhado em derrotar militarmente os grupos armados ilegais ou obrigá-los a negociar a paz.

A estratégia de Uribe inclui um aumento no gasto militar e no número de efetivos do Exército e da polícia para restabelecer o controle nas amplas zonas montanhosas e de selva que durante anos estiveram sob controle da guerrilha ou dos esquadrões paramilitares.

Os paramilitares são grupos armados ilegais que combatem a guerrilha e são acusados de contar com o apoio de alguns setores das Forças Armadas e de cometer graves violações aos direitos humanos. O país sofre com o conflito há quase quatro décadas. Nos últimos dez anos, morreram 40 mil pessoas, segundo estatísticas oficiais.