Zika: Fiocruz confirma presença do vírus em amostras de saliva e urina

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Publicado Sexta, 05 de Fevereiro de 2016 às 10:36, por: CdB

 

Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypit

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:   A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de divulgar que constatou a presença de vírus zika, com potencial de provocar infecção, em amostras de saliva e de urina. Segundo a entidade, agora, essas novas formas de transmissão serão mais estudadas.
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Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypit
– Essa comprovação tem um significado muito grande porque, até então, todas as evidências não significavam capacidade de infecção, muda o patamar e a forma que fazemos as pesquisa – disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. Em entrevista à imprensa, a Fiocruz disse que a evidência de transmissão pelas excreções "sugere a necessidade de investigar a relevância de transmissão via oral". Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypit. – O zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção, na urina e na saliva – disse em entrevista coletiva na sede da Fiocruz o presidente da fundação, Paulo Gadelha. Gadelha frisou que ainda não foi comprovada a transmissão do vírus por saliva ou urina, daí a necessidade de estudos adicionais. De acordo com a pesquisadora Myrna Bonaldo, que liderou a pesquisa, é a primeira vez que se demonstra que o vírus está ativo na urina e na saliva de pacientes com o zika vírus. – (Isso) abre novos paradigmas para entendermos as rotas de transmissão do zika – disse ela. Muito permanece desconhecido sobre o zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde, no entanto, confirmou no ano passado a relação entre o zika e o surto de microcefalia na Região Nordeste do país. Os casos suspeitos e confirmados de recém-nascidos com má-formação cerebral ligada ao zika vírus no Brasil chegaram a 4.074 até 30 de janeiro, segundo último balanço ministério. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência internacional pelo zika em 1º de fevereiro, citando forte suspeita de relação entre o vírus em grávidas com a microcefalia. Cientistas também estão estudando a potencial relação entre o zika e uma rara doença neurológica que enfraquece os músculos e causa paralisia, Guillain-Barre.  
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