Venezuela adverte que irá deixar de enviar petróleo aos EUA

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Publicado Sexta, 06 de Fevereiro de 2015 às 08:41, por: CdB
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Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira, novas sanções (suspensão de vistos) contra antigos e atuais funcionários do governo venezuelano
  A Venezuela advertiu nesta sexta-feira que vai deixar de enviar petróleo para os Estados Unidos, caso Washington "tente algo" contra Caracas. Há três dias, a Venezuela acusou os norte-americanos de atentarem "contra o diálogo de respeito mútuo", ao anunciar novas sanções contra funcionários venezuelanos. - Estamos na disposição de entregar a nossa vida, se for necessário, para defender esta revolução (…) nem uma gota de petróleo se tentarem algo contra a Venezuela - disse o presidente da Assembleia Nacional. Diosdado Cabello falou no estado de Anzoátegui, a 320 quilômetros a leste de Caracas, durante concentração de militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Por outro lado, ele acusou a oposição venezuelana de ter uma agenda violenta e de ser tão má que não é capaz de fazer o seu trabalho. Têm de ser os norte-americanos a fazê-lo", disse. "Não caiamos em chantagem. Um chavista pode ficar incomodado, mas jamais irá votar na direita", acrescentou Diosdado Cabello. Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira, novas sanções (suspensão de vistos) contra antigos e atuais funcionários do governo venezuelano, acusando-os de serem "responsáveis ou cúmplices" por violações dos direitos humanos na Venezuela. - Estamos enviando uma mensagem muito clara, que os violadores de direitos humanos, os que se beneficiam com a corrupção e os seus parentes não são bem-vindos nos Estados Unidos - anunciou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki. Segundo ela, "ao ignorar os repetidos apelos para a mudança, o governo venezuelano continua a demonstrar falta de respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais". Washington acusa Caracas de tentar "sufocar a dissidência", reprimindo manifestantes que protestam pela deterioração da situação política, econômica e de segurança no país. Em julho, o governo dos EUA já tinha imposto restrições na concessão de vistos a 24 dirigentes venezuelanos, supostamente envolvidos em violações de direitos humanos e na repressão de protestos de grupos opositores a Maduro.
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