PF faz operação contra contrabando de imigrantes em São Paulo

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Publicado quinta-feira, 31 de outubro de 2019 as 12:28, por: CdB

Durante o processo, esses imigrantes sofriam maus-tratos, como cárcere privado, agressões físicas e psicológicas.

Por Redação, com ABr – de São Paulo

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão na Operação Estação Brás e Bengal Tiger contra o contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro nas cidades em São Paulo, Embú das Artes (SP), Taboão da Serra (SP) e Garibaldi (RS). A PF considera esta uma das maiores operações internacionais já realizadas.

Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos US$ 10 milhões entre 2014 e 2019
Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos US$ 10 milhões entre 2014 e 2019

Desde maio de 2018, policiais investigam estrangeiros domiciliados em São Paulo que estariam liderando organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Os inquéritos policiais tiveram cooperação policial internacional com a agência norte-americana de imigração U.S. Immigration and Customs Enforcement.

A polícia descobriu que o grupo criminoso agia solicitando refúgio e fornecendo documentos de viagem falsos (como passaportes, vistos e cartas de tripulantes marítimos) a migrantes ilegais oriundos de países como Afeganistão, Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão.

Os imigrantes desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, seguiam para Rio Branco (AC), atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam por via terrestre (ônibus, barco, carona e a pé) até a fronteira do México com os Estados Unidos.

Durante o processo, esses imigrantes sofriam maus-tratos, como cárcere privado, agressões físicas e psicológicas. Oito imigrantes bengaleses, inclusive, foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira do México com os Estados Unidos em junho deste ano.

Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos US$ 10 milhões entre 2014 e 2019. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de contrabando de imigrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de três a 10 anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação.

Crime de pedofilia

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) da Bahia deflagrou nesta quinta-feira a Operação Dirty Web para combater suspeitos de prática de pedofilia no estado.

Até agora 12 pessoas foram presas, durante o cumprimento de mandados judiciais nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Aratuípe, Baianópolis, Cruz das Almas, Feira de Santana e Simões Filho.

Os policiais civis apreenderam computadores, tablets, aparelhos celulares, documentos e objetos usados na prática criminosa de troca, disponibilização, transmissão e comercialização de imagens e vídeos com cenas de sexo explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados contra Criança e Adolescente da Capital, pela 2ª Vara Criminal de Alagoinhas, pelas Varas Criminais de Nazaré, Baianópolis e Cruz das Almas e pelas 1ª Varas Criminais de Feira de Santana e Simões Filho.

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