De acordo com o pesquisador do Observatório Sismológico da UnB George Sand França, os abalos ocorrem devido à existência de falhas geológicas
Por Redação, com ABr - de Belo Horizonte:Em menos de 20 dias, moradores da região central de Minas Gerais sentiram a terra tremer pela terceira vez. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), por volta das 8h55 da manhã desta segunda-feira, um tremor 3,5 graus na escala Richter teve epicentro próximo ao município de Funilândia (MG). O fenômeno foi sentido também nas cidades de Matozinhos e Prudente de Morais, mas nenhum dano foi registrado.
A região já tinha sentido dois tremores na manhã do dia 24 de março. O primeiro, de 3,2 graus na escala Richter, e o segundo, de 2,8. Ambos tiveram epicentro a 11 quilômetros de Sete Lagoas (MG) e foram notados em pelo menos mais cinco municípios: Confins, Pedro Leopoldo, Matosinhos, Capim Branco, Prudente de Morais.
Segundo o soldado Alan Silva, policial militar em Matozinhos, foi possível perceber que o tremor desta segunda-feira teve maior intensidade que o do dia 24 de março. "Houve um barulho mais forte e abalou mais que os anteriores", disse.
De acordo com o pesquisador do Observatório Sismológico da UnB George Sand França, os abalos ocorrem devido à existência de falhas geológicas. "Provavelmente, trata-se do que chamamos de enxame sísmico. Há uma ocorrência de diversas atividades sísmicas na região, que podem ser interrompidas ou terem continuidade. Mas não esperamos que novos tremores possam alcançar magnitude maior do que os que ocorreram".
França afirmou que seria preciso deslocar uma equipe de pesquisadores para entender melhor o que está acontecendo na região. No entanto, um estudo como esse dependeria de liberação de recursos. Ele lembrou que tremores dessa magnitude não causam problemas graves nos imóveis e, no máximo, pode causar rachaduras em edificações com estrutura muito fraca.