Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

Suspeitos de agredir juíza serão transferidos para Bangu

O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, determinou que a transferência dos mais de 200 presos que estão no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, seja feita ainda nesta sexta-feira.

Sexta, 02 de Outubro de 2015 às 10:09, por: CdB
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeior: O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, determinou que a transferência dos mais de 200 presos que estão no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, seja feita ainda nesta sexta-feira. Os quatro policiais detidos no BEP que teriam agredido a juíza Daniela Assumpção na quinta, serão levados para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste.
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O magistrado explicou que durante a confusão a juíza não chegou a ser agredida fisicamente
Os demais serão encaminhados para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto, no bairro do Fonseca, em Niterói. A decisão de fechar o BEP, unidade da Polícia Militar onde ficam presos os policiais que cometem crimes, foi tomada por Eduardo Oberg, titular da Vara de Execuções Penais, depois que a magistrada foi agredida, durante uma vistoria ao local na quinta-feira.

Presidente do TJRJ

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, considerou inadmissível a tentativa de agressão sofrida pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da Vara de Execuções Penais, durante uma inspeção no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde ficam detidos policiais militares que aguardam decisão da justiça em processos criminais. O magistrado explicou que durante a confusão a juíza não chegou a ser agredida fisicamente, porque a escolta que a acompanhava evitou que fosse atingida, mas, apesar disso, teve a blusa rasgada. “Ela teve, nesse entrevero, a sua blusa rasgada. Não foi atingida fisicamente, mas houve uma tentativa de agressão claramente dirigida à juíza e isso é inadmissível” disse o presidente. Para ele, a juíza mostrou muita firmeza e muita coragem. Segundo o presidente, mesmo após passar por esta situação e ser retirada do local numa tentativa de intimidação, a juíza voltou ao e continuou a fazer o seu trabalho. “Ela fez a inspeção e depois ficou no local para reconhecer alguns desses agressores”, disse o presidente do TJRJ. Carvalho disse ter certeza de que as autoridades do governo do Estado vão saber agir para punir os agressores e apurar a situação, que representou um tipo de covardia e de tentativa de intimidação de um poder da República que agia para a garantia dos direitos dos presos. “Fatos como este não podem e não devem se repetir”, completou ele. Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho destacou que, se for necessário se reunirá com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, para discutir o assunto. “Tenho certeza que o governador do Estado não compactua com este tipo de atitude. Ele não poderia, evidentemente, tomar conhecimento previamente ou saber que isso iria acontecer. Foi uma tentativa de insubordinação, aliás, uma  insubordinação clara que aconteceu naquele momento tentando agredir uma juíza, que estava ali cumprindo o seu papel constitucional, seu papel legal”, disse.

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