STF concede a Roberto Jefferson direito a prisão domiciliar

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Publicado Sexta, 15 de Maio de 2015 às 10:41, por: CdB
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A autorização foi dada pelo ministro Luis Roberto Barroso e segue para a Vara de Execuções Penais
O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, na quinta-feira, prisão domiciliar ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado a 7 anos e 14 dias no julgamento do mensalão. A autorização foi dada pelo ministro Luis Roberto Barroso e segue para a Vara de Execuções Penais, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. A prisão domiciliar chegou a ser negada em agosto de 2014. No ano passado, para justificar a manutenção da prisão em regime semiaberto, o relator do recurso, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que médicos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) concluíram, em dezembro de 2013, que o estado de saúde de Roberto Jefferson não indica necessidade de cumprimento da pena em casa ou no hospital. O voto do relator foi seguindo pelos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Celso de Mello. Na época, os ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski votaram a favor da concessão da prisão domiciliar. Segundo eles, o condenado deve cumprir o restante da pena em casa devido ao seu estado de saúde. Em outubro de 2014, o ex-deputado foi proibido de falar sobre política com a imprensa. A determinação é do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, Barroso determina que a Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio de Janeiro advirta Jefferson “quanto à impossibilidade de realização, nos horários destinados ao cumprimento das tarefas laborais, de atividades estranhas àquelas previamente informadas pelo empregador”. Mensalão Roberto Jefferson foi o responsável pela denúncia do esquema de pagamento a parlamentares. Durante a investigação do Ministério Público Federal, o então presidente em exercício do PTB confirmou ter recebido R$ 4 milhões e distribuído entre os deputados do partido. A defesa de Roberto Jefferson alegou que a pena do presidente licenciado deve ser reduzida, porque ele colaborou com as investigações. "Exilio político" Em 2013, o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, classificou a sua prisão como "exílio político", através de sua conta no Twitter. O ex-parlamentar afirmou que continuará a escrever no seu blog, caso seja permitido no período de execução da pena. “Saibam que, de onde estiver, continuarei a lutar pelos interesses e pela grandeza do Brasil”. Na rede social, Jefferson declarou que “cumpriu sua missão” e que o último ano tem sido “um dos mais difíceis de sua vida” com a descoberta de um agressivo câncer no pâncreas. O ex-deputado aproveitou as redes sociais para dizer que não guarda "mágoas" e desejou "paz de espírito" aos seus "detratores". Além dele, devem ser comunicados sobre a pena os parlamentares Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), o ex-advogado do publicitário Marcos Valério, Rogério Tolentino, os ex-deputados federais Pedro Corrêa (PP-PE) e Bispo Rodrigues (PL-RJ, atual PR), e o ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane.
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