Sobe número de mortos em festa de casamento no Iêmen
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Terça, 29 de Setembro de 2015 às 08:49, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Sanaa:
O número de mortos de um ataque aéreo em uma festa de casamento no Iêmen subiu para 131, disseram médicos nesta terça-feira, em uma das ações com mais mortes de civis da guerra no Iêmen, o que gerou fortes condenações da ONU.
Uma aliança liderada pela Arábia Saudita, que possui a supremacia do espaço aéreo do Iêmen, negou firmemente qualquer papel no massacre, e um porta-voz da aliança sugeriu que milícias locais podem ter disparado os projéteis.
Moradores disseram na segunda-feira que dois mísseis atingiram tendas no vilarejo de Al-Wahijah, próximo ao porto de Al-Mokha, onde um homem ligado aos militantes rebeldes houthis estava realizando sua festa de casamento.
Uma fonte médica no hospital local de Maqbana, para onde os feridos foram levados, disse nesta terça-feira que o número de mortos do ataque subiu para 131, em relação aos 27 relatados na segunda-feira.
A aliança árabe iniciou ataques aéreos em março em uma tentativa de retirar o grupo armado dominante, Forças houthi aliadas ao Irã, e restaurar o poder do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi.
Festa de casamento
Um ataque aéreo no Iêmen atingiu uma festa de casamento na cidade de Mocha. A ação, ocorrida na noite de segunda-feira, pode ter sido realizada pela coalizão internacional, liderada pela Arábia Saudita, que luta contra os rebeldes Houthis no país. Desde março, os sauditas organizam ataques contra o país para tentar "restabelecer" o governo eleito. Porém, o governo local afirmou que não foi o responsável pela ação.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o atentado e disse que "cada ataque internacional contra civis é considerado uma séria violação da lei humanitária internacional". Segundo dados da entidade divulgados hoje, mais de 2,3 mil civis morreram no Iêmen nos últimos seis meses de conflito, sendo que 151 deles foram mortos apenas entre as semanas do dia 11 e 24 de setembro.
Esses números elevam para 7.217 pessoas atingidas desde o dia 26 de março, das quais 2.355 morreram e 4.862 ficaram feridas.