O Exército da Síria começou nesta quarta-feira uma ofensiva para retomar uma segunda base aérea estratégica. Desta vez as forças oficiais querem o domínio das instalações de Marj al-Sultan, em Damasco, segundo relatou fontes militares à agência FARS.
Na terça-feira, com o apoio da aviação russa, as tropas sírias e os combatentes do Hezbollah e das Forças de Defesa Nacional (guarda organizada para a guerra com serviço voluntário) colocaram fim a um cerco do Estado Islâmico à base aérea de Kuweires, em Aleppo, que já durava mais de dois anos.
As fontes relataram que as tropas sírias já conseguiram vitórias para a retomada de Marj al-Sultan. Eles disseram que passaram a controlar a aldeia de Nawleh, próxima à base aérea, e mataram muitos militantes do grupo terrorista Frente al-Nusra, filiada à Al-Qaeda. As forças oficiais já estariam dominando 80% do território ao sul da instalação estratégica.
Força russa
A Força Aeroespacial da Rússia fez 85 voos de combate na Síria nos dois passados, atacando 277 alvos. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a aviação russa alvejou objetos e instalações do Estado Islâmico nas províncias sírias de Aleppo, Damasco, Lataquia, Hama, Homs e Idlib.
Na terça-feira, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, recebeu no seu escritório em Moscou o líder da oposição síria, Qadri Jamil. As partes abordaram o assunto da coordenação de ações no combate ao terrorismo.
Aliás, Konashenkov informou que a aviação russa conseguiu fazer com que um dos planos principais dos terroristas sírios fracasse. Segundo a pasta, o Estado Islâmico almejavam tomar a cidade de Hama, capital da província homônima.Estado Islâmico
As forças aéreas podem fazer muito, mas não ocupar territórios e governá-los, declarou Deborah Lee James, secretária da Força Aérea dos EUA, aos jornalistas. Segundo Lee James, citada pelo site Defense News, a operação aérea contra o grupo terrorista Estado Islâmico levou a um certo progresso, mas é insuficiente.
– As forças aéreas são muito importantes, podem fazer muito, mas não tudo. No fim das contas, elas não podem ocupar o território e, o que é muito importante, não o podem governar – disse a secretária.
Os EUA lideram a coalizão internacional que realiza ataques aéreos no Iraque e Síria. Embora não existam números oficiais de mortes entre combatentes do Estado Islâmico, é bem conhecido o número significativo de mortos entre civis. Os êxitos da operação parecem sombrios e, recentemente, o presidente norte-americano Barack Obama decidiu enviar um grupo especial de 50 militares para Síria com o intuito de realizar, no local, treinamentos que supostamente visam destruir o grupo terrorista Estado Islâmico. O chefe do Pentágono Ashton Carter já tinha feito a proposta de enviar ainda mais militares à Síria. Enquanto isso, a Rússia, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, realiza a sua operação aérea, que já deu resultados significativos: os combatentes terroristas já começaram recuando, perdendo os armamentos e material bélico na linha de frente, segundo o Estado-Maior General russo, e as forças sírias com o apoio russo avançam, libertando locais estratégicos do cerco terrorista. Moscou já tem repetidamente declarado que não pretende enviar tropas à Síria, argumentando a posição pelo fato que o respetivo pedido nunca ter sido feito pelas autoridades sírias.