Rio de Janeiro, 17 de Dezembro de 2025

Sindicato encerra greve de 20 dias na Petrobras

O Sindipetro Norte Fluminense, sindicato dos petroleiros que cuida da maioria das plataformas da Bacia de Campos, votou nesta sexta-feira para encerrar uma greve de 20 dias na Petrobras, que vinha interrompendo a produção.

Sexta, 20 de Novembro de 2015 às 11:05, por: CdB
Por Redação, com agências - de Brasília/Rio de Janeiro: O Sindipetro Norte Fluminense, sindicato dos petroleiros que cuida da maioria das plataformas da Bacia de Campos, votou nesta sexta-feira para encerrar uma greve de 20 dias na Petrobras,  que vinha interrompendo a produção. Os servidores, que tinham ignorado pedido da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para encerrar a greve que começara em 1o de novembro, afirmaram que vão voltar a trabalhar nesta sexta em operações em terra, disse o porta-voz do sindicato Tezeu Bezerra. Outros trabalhadores vão começar a retornar às plataformas offshore da empresa na manhã deste sábado, afirmou Bezerra.
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Outros trabalhadores vão começar a retornar às plataformas offshore da empresa na manhã deste sábado

Petroleiros

Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, os petroleiros voltaram na última segunda-feira ao trabalho. Segundo o presidente do sindicato da categoria no município, Simão Zanardi, a decisão foi seguir a orientação do Conselho Deliberativo da FUP de suspender a paralisação e manter o estado de greve. O motivo é que está em andamento o prazo de 60 dias em que o grupo de trabalho formado por representantes da entidade e da empresa, após análise de propostas apresentadas pela categoria, vai elaborar um relatório que será apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras. Para Zanardi, a paralisação foi positiva, porque levou a Petrobras a discutir com a categoria a Pauta pelo Brasil, que, entre outros itens, defende a manutenção de investimentos da empresa e os empregos. “Não significa que nós vencemos o debate, mas conseguimos pautar a Petrobras e o conselho de administração para discutir com a FUP e seus sindicatos qual é o melhor projeto de sociedade e de Petrobras para o Brasil”, analisou. O sindicalista informou que somente em dezembro haverá a normalização da produção da Reduc. Diariamente serão produzidos 210 mil barris de petróleo refinado e, quando a produção ficar normalizada, atingirá 240 mil barris. O sindicalista explicou que a unidade de refinação 1.710 estava em parada de manutenção antes da greve e, com a paralisação da categoria, os serviços foram atrasados e, em consequência, a unidade vai ficar mais tempo parada do que era previsto. – O que está pegando é o aumento real, desconto dos dias parados e a não certeza de que não vai ter punição aos grevistas – disse o secretário-geral da FNP, Emanuel Jorge Cancella. Na proposta apresentada pela Petrobras no dia 11, a empresa oferece um reajuste de 9,53% aos empregados, mas a categoria, conforme apontou Cancella pede 18%. “Esse índice foi calculado pelo Dieese, levando em consideração a reposição da inflação do período, aumento real e produtividade”. Em nota divulgada no dia 11 deste mês, a Petrobras informou que aquela era a proposta definitiva da companhia. “Traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes”, destacou.    
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