Servidores protestam em sede dos Correios no Rio

Arquivado em:
Publicado Quarta, 16 de Setembro de 2015 às 08:46, por: CdB
Por Redação, com agências - do Rio de Janeiro: Servidores dos Correios realizaram um protesto na porta do Centro de Tratamento de Encomendas (CTE), em Benfica, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira. Segundo a assessoria da companhia, houve confronto com a polícia, mas não há informações sobre feridos. Os trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, realizada na noite de terça-feira, ao lado da sede regional da empresa, na região central da cidade. Além do aumento de 10% de ganho real, as principais reivindicações são a manutenção das condições do plano de saúde da categoria, a realização de concurso público imediato e a contratação de 1,5 mil trabalhadores.
servidores.jpg
Os trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve por tempo indeterminado
A proposta apresentada pelo TST garantia a manutenção do plano de saúde (cláusula 28) da forma que está hoje. Desde 2011 os Correios promovem aumento do efetivo em mais de 13 mil vagas (passou de 107 mil para 120 mil trabalhadores efetivos) e estão atualmente trabalhando na realização de um novo concurso público (2 mil vagas), conforme já foi divulgado. Diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), Emerson Marinho informou que a greve ocorreu porque a empresa apresentou proposta que não garante a reposição da inflação. – Ela apresentou uma proposta linear que não é incorporada imediatamente ao salário e que vem em forma de gratificação, o que não traz reflexo remuneratório nem nas férias e nem no décimo terceiro salário. Outro aspecto é o ataque frontal que a empresa vem fazendo ao nosso plano de saúde. Hoje, só pagamos quando usamos, mas os Correios querem instituir uma cobrança mensal de 13% do salário bruto, que hoje tem piso inicial de R$ 1.134,00. Na assembléia, os trabalhadores rejeitaram uma proposta intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por meio da assessoria de comunicação, os Correios informaram que a proposta apresentada pelo TST previa um reajuste equivalente a cerca de 20% do salário inicial do agente de Correios, em forma de gratificação, representando um reajuste linear de R$ 200. Segundo a empresa, o reajuste médio dos empregados no período 2011-2014 chegou a 36%, para uma inflação de 27,3% no período. Além disso, de acordo com os Correios, os carteiros recebem vale-alimentação mais cesta básica de cerca de R$ 1 mil mensais, adicionais de atividade, plano de saúde, auxílios creche e babá, bolsas de estudos e vale-cultura. A mobilização dos trabalhadores é nacional, mas, segundo os Correios, dos 36 sindicatos, 17 não deflagraram greve. A empresa disse que nos locais em que houver aprovação de paralisação, serão aplicadas medidas do plano de continuidade para garantir as entregas.
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo