Os servidores paulistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia no centro de São de Paulo, continuar em greve. Eles estão parados desde terça-feira e reivindicam, por exemplo, reajuste salarial, paridade salarial entre funcionários da ativa e aposentados e concurso público para reposição do quadro. Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira, às 15h.
– Começamos a greve no dia 7 de julho e, de lá para cá, o governo não acenou com nenhuma proposta de negociação da categoria. Não temos como encerrar a greve se o governo não sai de sua zona de conforto para negociar com a categoria – disse o diretor de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), Tiago Alves Dias.
Pelos dados do último balanço do Ministério da Previdência Social, divulgado na noite de quinta-feira, das 1.605 agências do país, 212 estão totalmente paradas e 322 com atendimento parcial. O levantamento não inclui o estado de São Paulo em razão do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, comemorado quinta-feira. Até a publicação desta matéria, o INSS não havia ainda atualizado o balanço da greve, mas, segundo Dias, a adesão à paralisação em São Paulo está entre 70% e 80%.
Quem não for atendido em um posto por causa da greve do INSS, terá sua data remarcada. O reagendamento será feito pela própria agência. O segurado poderá confirmar a nova data pelo número de atendimento 135, no dia seguinte em que seria atendido. O instituto informou que vai considerar a data originalmente agendada como o dia de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro nos benefícios do segurado.