Saída do Reino Unido da UE impacta crescimento do bloco

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Publicado Domingo, 03 de Julho de 2016 às 11:42, por: CdB

Segundo um membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), a saída do Reino Unido criou um clima de incerteza financeira

Por Redação, com Reuters - Aix-En-Provence:
O voto do Reino Unido para deixar a União Europeia gera dúvidas sobre a irreversibilidade do projeto da UE e vai ter um impacto negativo no crescimento, embora a extensão disso ainda seja incerta, afirmou o membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) Benoit Coeure neste domingo.
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Cameron prometeu renunciar assim que ficou claro que ele foi incapaz de persuadir sua nação a permanecer na UE no referendo que ele mesmo convocou
- A saída do Reino Unido criou um clima de incerteza, incerteza financeira no curto prazo, e o banco central pode responder a isso, ele já o fez - disse Coeure durante uma conferência de negócios na cidade de Aix-en-Provence, ao sul da França. - Nós temos instrumentos que estamos prontos a utilizar, graças a Deus não precisamos utilizá-los até o momento, mas estamos prontos para fazê-lo - completou. Coeure disse na última semana que era urgente deixar claro o calendário para a saída do Reino Unido da União Europeia, uma vez que uma incerteza prolongada poderia ter um custo econômico, primeiramente para os britânicos, mas também para a UE em geral. Pressão por saída rápida Na última semana, líderes europeus pediram ao Reino Unido que aja rápido para resolver o caos político e econômico desencadeado pelo referendo de desfiliação da União Europeia, uma medida que o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que pode pressionar o crescimento global. Os mercados financeiros se recuperaram ligeiramente após o resultado da votação de quinta-feira, que dilapidou as ações globais no valor recorde de US$ 3 trilhões e fez a libra cair para seu nível mas baixo em 31 anos, mas os negócios ainda estão voláteis e os formuladores de políticas econômicas avisaram que adotarão todas as medidas necessárias para proteger suas economias. O ministro britânico das Finanças, George Osborne, cuja tentativa de acalmar os mercados foi recebida com descrédito na segunda-feira, disse que o país terá que cortar gastos e aumentar impostos para estabilizar a economia agora que uma terceira agência de classificação de risco rebaixou sua nota. Algumas empresas anunciaram um congelamento nas contratações e possíveis cortes de vagas, abalando as esperanças do eleitorado de que a economia iria florescer fora da UE. Os países europeus estão particularmente preocupados com o impacto da incerteza criada pela saída britânica sobre o restante do bloco, já que se tem pouca noção de quando, ou mesmo se, o Reino Unido irá declarar formalmente seu rompimento. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse ao Parlamento Europeu antes de se encontrar com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em Bruxelas, que exortaria o premiê a esclarecer a posição de Londres o mais rápido possível.
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