Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Rússia destrói centro de comando e campo de treinamento do EI

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa da Federação da Rússia, major general Igor Konashenkov, os caças Su-34 da Força Aérea russa destruíram um centro de comando e um campo de treinamento do Estado Islâmico na Síria.

Sexta, 02 de Outubro de 2015 às 07:31, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Beirute/Moscou:

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa da Federação da Rússia, major general Igor Konashenkov, os caças Su-34 da Força Aérea russa destruíram um centro de comando e um campo de treinamento do Estado Islâmico na Síria.

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A Rússia começou a realizar golpes aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria na última quarta-feira

– Na quinta-feira, Su-34 realizaram ataque contra um campo de treinamento do Estado Islâmico perto da região povoada de Mahdan-Jadid e também contra um centro de comando escondido perto de Qasert-Faraj, ao Sudoeste de Raqqa - disse Konashenkov.

Segundo o major general, o centro de comando sofreu prejuízos, já o campo de treinamento foi completamente destruído.

A Rússia começou a realizar golpes aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria na última quarta-feira, depois de o Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo) ter aprovado o envio da Força Aérea russa ao país. Tal decisão, apresentada ao parlamento pelo presidente, Vladimir Putin, foi tomada após uma solicitação oficial por parte de Damasco.

Guerra na Síria

O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, está pronto para enviar seus homens para a Síria para lutar contra os terroristas do Estado Islâmico, informou a mídia russa na sexta-feira.

– Em 1999, quando a Chechênia estava nas mãos dos diabos (terroristas), eu, como muçulmano, checheno e patriota da Rússia, prometi dedicar toda a minha vida ao combate contra o terrorismo em todos os lugares. Peço permissão para ir à Síria e participar nessas operações (terrestres) especiais lá para combater o Estado Islâmico", disse Kadyrov.
Ele espera o que presidente Putin deve decidir, mas acrescentou que os soldados chechenos estão prontos para se juntar à luta na Síria.

– No momento em que os terroristas na Síria percebem que soldados chechenos estão a caminho, eles vão sair imediatamente de lá – afirmou Kadyrov.

Mais cedo as Forças especiais da Chechênia detiveram um grupo de quatro simpatizantes do Estado Islâmico na república.

Na quarta-feira, a Rússia começou os ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria a pedido do presidente sírio Bashar Assad. O grupo terrorista Estado Islâmico é proibido na Rússia. Insurgentes na Síria Jatos russos lançaram um segundo dia de ataques aéreos na Síria na quinta-feira, bombardeando as áreas controladas por uma aliança de insurgentes que inclui um grupo ligado à Al Qaeda, mas não os militantes do Estado Islâmico, os quais a Rússia disse ter atingido. A Rússia disse que havia lançado oito ataques aéreos com aviões de guerra Sukhoi durante a noite, acertando quatro alvos do Estado Islâmico. No entanto, as áreas onde afirmou ter agido não estão sob controle do Estado Islâmico. O canal de televisão Al-Mayadeen, pró-governo sírio, disse que jatos realizaram pelo menos 30 ataques contra uma aliança insurgente conhecida como Exército da Conquista. A aliança inclui a Frente Nusra, ramo sírio da Al Qaeda, mas não o Estado Islâmico, que declarou um califado em porções de território da Síria e do Iraque. O Exército da Conquista tem avançando contra as forças do governo no noroeste da Síria nos últimos meses, e tem o apoio de países regionais que se opõem tanto o presidente Bashar al-Assad como ao Estado Islâmico. A decisão da Rússia de se juntar à guerra com ataques aéreos em nome de Assad é um importante ponto de virada no envolvimento estrangeiro no conflito. Os Estados Unidos estão liderando uma aliança separada, lançando ataques aéreos contra os combatentes do Estado Islâmico, o que significa que as superpotências inimigas da Guerra Fria agora estão empenhadas em combates aéreos num mesmo país pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Ambos dizem ter como alvo um inimigo comum, o Estado Islâmico. Mas também têm diferentes amigos e visões opostas de como resolver uma guerra civil de quatro anos que já matou mais de 250 mil pessoas e levou mais de 10 milhões a abandonarem suas casas. Washington e seus aliados se opõem tanto ao Estado Islâmico como a Assad, acreditando que ele tem de deixar o poder em qualquer acordo de paz. Moscou apoia o presidente sírio e acredita que o seu governo deveria ser a peça central dos esforços internacionais para combater os grupos extremistas. A Rússia diz que seus ataques aéreos são mais legítimos do que os da aliança liderada pelos Estados Unidos porque têm o aval de Assad, e mais eficazes porque podem coordenar esforços com as forças do governo para localizar os alvos. O Ministério da Defesa da Rússia disse que aviões Sukhoi-24M e Sukhoi-25 fizeram oito saídas, atingindo um depósito de munição perto de Idlib, bem como um prédio de três andares do centro de comando do Estado Islâmico perto de Hama. Além disso, informou que um ataque destruiu uma instalação localizada no norte de Homs destinadas a equipar carros com explosivos para ataques suicidas. O Estado Islâmico, que se baseia em grande parte no norte e no leste da Síria, não tem presença substancial em Hama ou Homs.

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