Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Putin diz que queda de avião russo no Egito foi atentado

A queda do avião russo sobre a península do Sinai, no Egito, foi causada por uma bomba que explodiu a bordo disse o governo da Rússia nesta terça-feira. Tratou-se de um atentado terrorista, afirmou o Kremlin. O desastre, em outubro, matou todas as 224 pessoas a bordo.

Terça, 17 de Novembro de 2015 às 07:24, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou/Cairo: A queda do avião russo sobre a península do Sinai, no Egito, foi causada por uma bomba que explodiu a bordo disse o governo da Rússia nesta terça-feira. Tratou-se de um atentado terrorista, afirmou o Kremlin. O desastre, em outubro, matou todas as 224 pessoas a bordo. Em reunião presidida pelo presidente Vladmir Putin na segunda-feira, Alexander Bortnikov, chefe do Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB), disse que vestígios de explosivos de fabricação estrangeira foram encontrados em fragmentos do avião e em pertences pessoais dos passageiros.
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Serviço secreto russo afirma ter encontrado vestígios de explosivos em fragmentos da aeronave
– De acordo com a análise de nossos especialistas, uma bomba caseira contendo até 1 kg de TNT explodiu durante o voo, fazendo com que o avião se partisse no ar. Isso explica por que partes da fuselagem se espalharam por uma distância tão grande – afirma Bortnikov. "Podemos dizer, de forma inequívoca, que foi um ato terrorista." "A vingança é inevitável" Putin classificou o incidente como "um dos crimes mais sangrentos" da história da Rússia moderna e, em resposta, ordenou que a força aérea do país intensifique os ataques aéreos na Síria. "[Nossa campanha] precisa ser intensificada de tal forma que os criminosos entendam que a represália é inevitável", disse o presidente russo. – Não temos como enxugar as lágrimas de nossa alma e coração. Isso vai ficar conosco para sempre, mas não vai nos impedir de encontrar e punir os criminosos – afirmou Putin, em declarações divulgadas nesta terça. "Vamos procurá-los em todos os lugares em que eles podem estar escondidos. Vamos encontrá-los em qualquer lugar do planeta." Na ocasião do desastre, um grupo ligado ao "Estado Islâmico" (EI) já havia reivindicado a responsabilidade pelo ataque, mas a Rússia preferiu esperar pelos resultados oficiais das investigações para tomar qualquer providência. Segundo agências de notícias, as autoridades egípcias detiveram dois funcionários do aeroporto Sharm el-Sheikh que podem ter ligações com a queda do avião. As informações são de dois oficiais de segurança do país. – Dezessete pessoas estão detidas, duas delas são suspeitas de terem ajudado a colocar a bomba no avião em Sharm el-Sheikh – diz um dos oficiais. A queda O Airbus A321 da empresa Kogalymavia partiu no dia 31 de outubro do balneário egípcio de Sharm el-Sheikh com destino a São Petersburgo, na Rússia. O voo foi interrompido cerca de 20 minutos após a decolagem. A aeronave voava a cerca de 9 mil metros de altitude no momento do desastre e havia atingido a velocidade de cruzeiro. Essa é, geralmente, a parte mais segura de qualquer voo. Segundo a Kogalymavia, a tripulação não emitiu um chamado de emergência nem tentou contatar o controle de tráfego aéreo. O Airbus teria perdido velocidade rapidamente, durante menos de um minuto, antes de cair na península do Sinai apenas 23 minutos após a decolagem. Egito prende funcionários Autoridades do Egito prenderam dois funcionários do aeroporto de Sharm al-Sheikh por ligação com a derrubada de um avião de passageiros russo em 31 de outubro, em que as 224 pessoas a bordo morreram, disseram duas fontes da área de segurança nesta terça-feira. – Dezessete pessoas estão detidas, duas delas são suspeitas de terem ajudado quem quer que tenha plantado a bomba no avião no aeroporto de Sharm al-Sheikh – disse uma das fontes. O serviço de segurança russo FSB disse mais cedo nesta terça-feira ter certeza de que o avião foi derrubado por uma bomba. O Egito ainda não confirmou que a queda foi provocada por um explosivo.  
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