Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Presidenta fala sobre impeachment e economia a jornais de seis países

No momento em que a crise política no Brasil repercute na imprensa internacional, a presidenta Dilma Rousseff concedeu, nesta quinta-feira, entrevista a correspondentes estrangeiros de veículos de seis países. Por quase duas horas, Dilma falou sobre crise, impeachment e economia.

Quinta, 24 de Março de 2016 às 12:07, por: CdB

A presidenta conversou com jornalistas do The New York Times, El País, The Gardian, Pagina 12, Le Monde e Die Zeit

Por Redação, com ABr e Agências- de Brasília:
No momento em que a crise política no Brasil repercute na imprensa internacional, a presidenta Dilma Rousseff concedeu, nesta quinta-feira, entrevista a correspondentes estrangeiros de veículos de seis países. Por quase duas horas, Dilma falou sobre crise, impeachment e economia. A presidenta conversou com jornalistas do The New York Times (Estados Unidos), El País (Espanha), The Gardian (Inglaterra), Pagina 12 (Argentina), Le Monde (França) e Die Zeit (Alemanha).
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Por quase duas horas, Dilma falou sobre crise, impeachment e economia
Ao The Gardian, Dilma disse que qualquer tentativa de removê-la do cargo irá deixar "cicatrizes duradouras sobre a democracia brasileira". - Por que eles querem que eu a demitir-se? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou - disse Dilma Rousseff. Ainda na entrevista ao jornal inglês, Dilma disse que a oposição não aceitou sua derrota estreita na eleição 2014 e, desde então, têm desenvolvido uma estratégia de "do quanto pior, melhor", sabotando a sua agenda legislativa. Quanto às manifestações, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou que ela era a favor de protestos de rua, porque ela veio de "uma geração em que se abriu a sua boca que você poderia ir preso". - Nós nunca vimos tal intolerância no Brasil. Nós não somos um povo intolerantes - afirmou ao jornal britânico. Sobre o juiz Sérgio Moro, Dilma disse que " um juiz deve ser imparcial. Um juiz não pode governar com paixões políticas". Em dezembro do ano passado, jornais de várias partes do mundo noticiaram a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma na Câmara, entre eles o Wall Street Journal, dos Estados Unidos, a revista inglesa Time e o El País. As manifestações contra o governo Dilma ocorridas neste mês de março também foram noticiadas fora do país. O site da revista britânica The Economist publicou um artigo, que também estará na edição impressa deste fim de semana, informando que a saída da presidenta Dilma Rousseff do poder daria ao Brasil a chance de um "novo começo". Para a revista, "a maneira mais rápida e melhor para a presidenta Dilma deixar o Planalto seria renunciar antes de ser derrubada".

PMDB

Na quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff disse, nesta quarta-feira, que tem todo o interesse que o PMDB permaneça na base aliada do governo. Na convenção PMDB, no último dia 12, o partido decidiu que, em até 30 dias, o Diretório Nacional iria anunciar se mantém apoio ao governo. – Nós todos estamos bastante interessados na questão relativa a permanência do PMDB no governo. Tenho muito certeza que nossos ministros estão comprometidos com sua permanência no governo – disse a presidenta, após visitar as obras de infraestrutura do satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas. – Nós queremos muito que o PMDB permaneça – afirmou. – Então, a gente vai ver quais são as decisões do PMDB e respeitaremos as referidas decisões – completou Dilma. No início da tarde de terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), lideranças do partido.
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