Rio: advogados são suspeitos de enganar empresas com contratos fraudulentos

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Publicado segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020 as 10:26, por: CdB

Uma das vítimas do grupo foi a Unimed Petrópolis, que, segundo a polícia, chegou a ter um prejuízo de R$ 17 milhões ao celebrar um contrato de compra e venda de ativos financeiros fraudulentos.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram nesta segunda-feira mandados de prisão contra cinco advogados suspeitos de cometer fraudes em contratos e de lavar dinheiro. Uma das vítimas do grupo foi a Unimed Petrópolis, que, segundo a polícia, chegou a ter um prejuízo de R$ 17 milhões ao celebrar um contrato de compra e venda de ativos financeiros fraudulentos.

Advogados são suspeitos de enganar empresas com contratos fraudulentos
Advogados são suspeitos de enganar empresas com contratos fraudulentos

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa criava processos administrativos fictícios e, com isso, conseguia adulterar o sistema de informática de órgãos federais.

Protocolos fraudulentos

Com os números dos protocolos fraudulentos, eles conseguiam lavrar escrituras públicas falsas e ter o aval da Justiça para fazer créditos aparentemente legais. Os alvos eram grandes empresas, que buscavam se beneficiar de compensação tributária. O esquema funcionou de 2012 a 2017.

Ainda segundo a polícia, o grupo teria movimentado  R$ 500 milhões. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. As diligências estão sendo feitas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia e no Distrito Federal. Até as 8h, quatro pessoas tinham sido presas.

Mulher é presa

Uma mulher foi presa na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após dizer que tinha viajado para Hong Kong e simular os sintomas do coronavírus, que já matou  mais de 700 pessoas na China.

Segundo a Polícia Civil, agentes da 12ª DP (Copacabana) a prenderam em flagrante, acusada do crime de falsidade ideológica e da contravenção de “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.

Ela esperava por atendimento prioritário na UPA e disse aos agentes de saúde que havia viajado como babá de uma família e estava apresentando os sintomas associados ao novo coronavírus.

De acordo com informações da Polícia Civil, houve grande comoção na UPA e foram postos em prática os protocolos internacionais para o tratamento do vírus. A mulher foi isolada e submetida a exames. As vigilâncias sanitárias estadual e municipal foram informadas e notificaram o Ministério da Saúde.

Ministério da Saúde

Como familiares da paciente disseram que ela não havia viajado e não tinha passaporte, o que foi confirmado pela Polícia Federal, ela recebeu voz de prisão dentro da UPA. Após ser desmentida pelos familiares, a paciente admitiu que inventou a história para receber atendimento prioritário na unidade de saúde.

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