As investigações apontam como suspeitos pelo roubo um policial civil, um ex-policial civil, um ex-policial federal e uma quarta pessoa sem vínculo com forças policiais
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
Policiais civis e federais cumpriram nesta segunda-feira quatro mandados de prisão e 30 de busca e apreensão resultantes das investigações sobre o roubo e assassinato do empresário Miguel Angelo Jacob, de 57 anos. A operação foi conduzida pela Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil e pelas corregedorias das polícias federal e civil.
As investigações apontam como suspeitos pelo roubo um policial civil, um ex-policial civil, um ex-policial federal e uma quarta pessoa sem vínculo com forças policiais. Os dois ex-agentes haviam deixado as instituições por terem sido demitidos.
Informada pela DH, a corregedoria da Polícia Federal instaurou inquérito policial próprio para apurar os fatos e também deflagrou ações hoje.
Roubo milionário
No dia 3 de março deste ano, criminosos roubaram cerca de US$ 33 milhões que o empresário havia deixado na casa de sua mãe, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Cerca de um mês depois, ele foi assassinado a tiros por um homem depois de deixar um dos filhos na escola. Sua mulher também foi atingida, mas foi socorrida e hospitalizada.
A equipe policial da Divisão de Homicídios acredita que o assassinato foi cometido para dificultar a punição do roubo. Com as buscas e apreensões, a polícia espera identificar mais pessoas que possam ter envolvimento com o crime.
Equipamentos de hospitais
Policiais federais buscaram nesta manhã cumprir 13 mandados de prisão preventiva contra acusados de roubar equipamentos médicos no Grande Rio. A 2ª Vara Federal Criminal de Niterói também expediu 28 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Queimados, Duque de Caxias e São João de Meriti.
Segundo a Polícia Federal, o grupo era especializado em furtar equipamentos de exames e procedimentos médicos como endoscopia, laparoscopia e doppler. Houve furtos em várias clínicas e hospitais públicos e privados.
Os aparelhos eram furtados sob encomenda. As investigações começaram em junho deste ano, depois que equipamentos foram subtraídos do Hospital Universitário Antônio Pedro, ligado à Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.
Há suspeita de que os crimes ocorriam também em outros estados. Os acusados responderão por furto qualificado, receptação e organização criminosa.