Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia usa bombas de efeito moral para reprimir alunos da USP

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Sexta, 04 de Dezembro de 2015 às 10:03, por: CdB
Por Redação, com ABr - de São Paulo: A Tropa de Choque da Polícia Militar reprimiu novamente a manifestação de universitários da Universidade de São Paulo (USP) com bombas de feito moral e gás lacrimogêneo. Os alunos protestavam no cruzamento da Avenida Paulista e com a Consolação, por volta das 11h, quando os policiais começaram a atirar bombas. Houve tumulto e correria no local. Mais cedo, às 9h, a PM também atirou bombas na direção dos estudantes que protestavam pacificamente. O grupo de aproximadamente 100 pessoas é contrário à reorganização escolar promovida no ensino básico estadual, que levará ao fechamento de 93 escolas. Eles iniciaram a manifestação por volta das 7h30 na USP e percorreram cerca de 15 quilômetros, bloqueando vias como a Avenida Rebouças, Avenida Paulista Avenida Vital Brasil e Rua do Alvarenga. O grupo seguia, por volta das 11h30, pela Consolação.
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Protesto de estudantes em São Paulo
Flávia Toledo, estudante da USP e diretora do Centro Acadêmico de Letras, explica que os estudantes de licenciatura estão preocupados com o futuro profissional. “Diversos estudantes de letras querem ser professores da rede estadual, então, defender a educação, que é um princípio básico, é também defender os nossos empregos. Há também o fato de que a universidade está sendo desmontada pelo governo estadual. O projeto de reorganização escolar é o mesmo de reestruturação da universidade, o que na verdade é a mesma precarização da educação”, disse. Cícera Maria do Nascimento, dona de casa, voltava do hospital quando parou para apoiar a manifestação na Avenida Paulista. “Eu apoio os estudantes, acho muito ruim fechar escolas. Eu tenho filho que é aluno e vai ter que mudar de escola em Itaquaquecetuba”, disse ela.

Fechamento de escolas

Uma manifestação organizada por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam o cruzamento da Avenida Vital Brasil e Rua do Alvarenga, na Zona Oeste da capital paulista. A Polícia Militar, que acompanhou a manifestação, tentou negociar a liberação de uma faixa para o trânsito, mas os estudantes recusaram e seguiram com o protesto. Flávia Toledo, explicou que os universitários devem se unir aos secundaristas de escolas próximas. – Tomando como base o dia de quinta-feira, que foi um massacre da Polícia Militar, diversos estudantes foram reprimidos. Então, a gente vai se articular com os atos nas outras escolas – diz a aluna. Na quinta, o protesto dos alunos foi reprimido com o uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Flávia conta que os estudantes de licenciatura da USP estão preocupados com o futuro profissional. “Diversos estudantes da letras querem ser professores da rede estadual, então defender a educação, que é um princípio básico, é também defender os nossos empregos. Há também o fato de que a universidade está sendo desmontada pelo governo estadual. O projeto de reorganização escolar é o mesmo de reestruturação da universidade, o que, na verdade, é a mesma precarização da educação”. O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com pedido de suspensão da reorganização escolar. Segundo o MP, a Justiça deverá se manifestar em até 72 horas sobre a ação. Para o MP, o governo do estado não respeitou os princípios da legalidade e da publicidade na administração pública. “Repentinamente, vem uma decisão ao final do ano que aqueles alunos vão para outro lugar, para outra escola, em uma organização, isso traz surpresa, não houve transparência”, disse nessa quinta-feira o promotor Eduardo Dias Ferreira, um dos autores da ação, à Agência Brasil.
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