Primeira a falar pelo tempo reservado ao PCdoB, a presidenta do partido, deputada Luciana Santos (PE), lembrou que Cunha “é réu em sete processos” no Supremo Tribunal Federal
Por Redação, com ABr - de Brasília: Os deputados do PCdoB escalados para falar no plenário da Câmara fizeram uma defesa da presidenta Dilma Rousseff e disseram haver um "conluio" entre o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tirá-la do cargo. Dizendo que o processo de impeachment em discussão, cuja votação pela admissibilidade será feita pelos deputados neste domingo, trata-se de um "projeto de poder pessoal que não tem respaldo popular", os parlamentares comunistas descreditaram a denúncia contra a presidenta e manifestaram confiança de que o processo de impedimento de Dilma será derrotado. A líder do partido, deputada Jandira Feghali (RJ), disse que a presidenta, "mulher que entrou (no governo) pela porta da frente com 54 milhões de votos", não sairá pela porta dos fundos. "O povo não suporta traição, não gosta de traição. Muito menos alguém que se pretende unificador desse país, do equilíbrio e da tranquilidade, em um governo que se pretende (ser) solução para o país, um governo que sai de um golpe, da violação da Constituição, sem nenhum voto que o legitime para comandar este Brasil. Esse governo não governará. Michel Temer não sairá nas ruas", disse. Primeira a falar pelo tempo reservado ao PCdoB, a presidenta do partido, deputada Luciana Santos (PE), lembrou que Cunha “é réu em sete processos” no Supremo Tribunal Federal. Dizendo que impeachment sem base legal é golpe, a parlamentar citou manifesto de representantes do Ministério Público, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina e sem entendimento jurisprudencial. Para ela, tanto os decretos suplementares editados por Dilma quanto as chamadas “pedaladas fiscais” são procedimentos embasados em lei que sempre foram considerados pelo Tribunal de Contas da União até 2015.