ONU desiste de plano para retirar pacientes de Aleppo

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Publicado Terça, 25 de Outubro de 2016 às 10:24, por: CdB

A ONU não consegue ter acesso ao leste de Aleppo desde julho, quando o governo sírio e forças aliadas colocaram o setor oriental da cidade sob cerco

Por Redação, com Reuters - de Beirute/Bagdá:

A Organização das Nações Unidas (ONU) abandonou os planos para retirar pacientes de Aleppo, cidade sitiada e controlada por rebeldes no leste da Síria, o que esperava conseguir fazer durante uma pausa de três dias nos combates na semana passada, culpando todas as partes do conflito por obstruir os esforços.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) abandonou os planos para retirar pacientes de Aleppo, cidade sitiada e controlada por rebeldes no leste da Síria

– As retiradas foram obstruídas por vários fatores. Incluindo atrasos no recebimento das aprovações necessárias das autoridades locais do leste de Aleppo. Condições impostas por grupos armados não estatais e a objeção do governo da Síria. À entrada de suprimentos médicos e de outras formas de ajuda na parte leste da cidade – disse o subsecretário-geral de assuntos humanitários e coordenador de ajuda de emergência da ONU, Stephen O'Brien, em um comunicado na segunda-feira.

O'Brien disse que nenhum doente ou familiar foi retirado durante o cessar-fogo unilateral de três dias. Anunciado pela Rússia na semana passada. Terminado no domingo com a retomada dos ataques aéreos e uma intensificação nos combates terrestres.

– Estou revoltado que o destino de civis vulneráveis, pessoas doentes e feridas, crianças e idosos. Todos necessitados de cuidado crítico e de sobrevivência. Fique implacavelmente nas mãos de partes que vêm fracassando persistente. E desavergonhadamente em colocá-las acima de interesses políticos e militares estreitos – afirmou.

A ONU não consegue ter acesso ao leste de Aleppo desde julho. Quando o governo sírio e forças aliadas colocaram o setor oriental da cidade sob cerco.

Mosul

O Estado Islâmico expandiu seus ataques na segunda-feira contra o Exército iraquiano e forças curdas. Para aliviar a pressão contra seus militantes que confrontam uma ofensiva em Mosul. Último grande reduto urbano do grupo militante no país.

Cerca de 80 vilarejos e cidades tomados pelo Estado Islâmico foram retomadas na primeira semana de ofensiva. Deixando forças iraquianas e curdas mais perto das cercanias da cidade. Onde a batalha será mais difícil.

A campanha de Mosul. Tem objetivo de acabar com a metade iraquiana no califado declarado pelo Estado Islâmico no Iraque e Síria. Pode ser o maior confronto em 13 anos de turbulências. Geradas pela invasão ao Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. E pode necessitar de uma grande operação de ajuda humanitária.

Cerca de 1,5 milhão de moradores continuam na cidade, e previsões dos piores cenários indicam até um milhão de pessoas deslocadas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Agências de ajuda da ONU informaram que, até o momento, o confronto forçou cerca de 6 mil pessoas a deixarem suas casas.

Em uma série de contra-ataques em alvos pelo Iraque desde a sexta-feira, militantes do Estado Islâmico atingiram Kirkuk, principal cidade petrolheira do norte do país, a cidade de Rutba, que controla a rodovia de Bagdá à Jordânia e Síria, e Sjinjar, uma região a oeste de Mosul na qual reside a minoria Yazidi.

O chefe provincial yazidi, Mahma Xelil, disse que o ataque a Sinjar foi o mais violento na área no último passado.

Ele disse que ao menos 15 militantes foram mortos na batalha de duas horas e diversos veículos foram destruídos, enquanto os peshmerga tiveram dois feridos.

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