ONU: Coreia do Norte continuará com programas nuclear e de mísseis

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Publicado Sexta, 01 de Abril de 2016 às 09:32, por: CdB

 

A Coreia do Norte realizou um quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance em fevereiro

  Por Redação, com Reuters - de Genebra:  

A Coreia do Norte seguirá em frente com seus programas nuclear e de mísseis balísticos, desafiando os Estados Unidos e seus aliados, afirmou um destacado diplomata de Pyongyang à agência inglesa de notícias Reuters nesta sexta-feira, dizendo que no momento existe um estado de "semi-guerra" na dividida península.

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Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un

So Se Pyong, embaixador norte-coreano na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, criticou os grandes exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul em andamento, que disse terem como meta a "decapitação da liderança suprema da República Popular Democrática da Coreia".

A Coreia do Norte realizou um quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance em fevereiro. Também nesta sexta-feira, os militares sul-coreanos afirmaram que seu vizinho do Norte disparou um míssil no mar ao longo de sua costa leste.

– Se os Estados Unidos continuarem, temos que adotar contramedidas também. Temos que desenvolver, e temos que usar mais dissuasão, dissuasão nuclear – disse em uma entrevista So, que também é o enviado de Pyongyang à Conferência sobre o Desarmamento, patrocinada pela ONU.

O presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na quinta-feira e se comprometeu a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte em reação a seus testes nuclear e de mísseis recentes.

Encontrando-se nos bastidores da Cúpula de Segurança Nuclear em Washington, os três líderes renovaram o compromisso com a segurança de seus respectivos países e alertaram que podem adotar novas medidas para se contrapor às ameaças de Pyongyang.

Na quinta-feira, o presidente da China, Xi Jinping, também pediu diálogo para resolver a situação na península coreana durante um encontro com Park em Washington, relatou a agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira.

Indagado se seu recluso país se sente pressionado por sua aliada China e outras potências, So respondeu: "Estamos seguindo nosso próprio caminho. Não estamos tendo diálogos nem discussões sobre isso".

Em março, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade uma resolução cuja meta é impedir que Pyongyang tenha acesso a fundos para seus programas nuclear e de mísseis balísticos.

– Estamos indo contra essa resolução também porque não é justa, e (não só isso). A esta altura, porque isso realmente é a guerra agora... estamos ocupados lidando com esse status de semi-guerra na península agora.

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