Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Não houve influência de Lula em aporte do BNDES, diz empresário

Em depoimento à CPI do BNDES, o presidente da LBR, Nelson Sampaio Bastos, disse, não ter informação sobre influência de Lula em aportes feitos pelo banco.

Quinta, 29 de Outubro de 2015 às 11:16, por: CdB

Por Redação, com ABr - de Brasília: Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, o presidente da Lácteos Brasil (LBR), Nelson Sampaio Bastos, disse, nesta quinta-feira, não ter nenhuma informação sobre influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos aportes feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social à empresa, que comanda desde 2013. A Lácteos Brasil recebeu aporte do BNDES e entrou em recuperação judicial. Bastos era sócio de uma das empresas que deram origem à LBR. - Nunca ouvi falar. Estou garantindo que, no melhor do meu conhecimento, este fato não ocorreu dentro da LBR - disse.

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O presidente da LBR disse que nunca sobre influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Bastos acrescentou que, desde que assumiu a presidência da empresa, não foi firmado empréstimos com órgãos públicos. Durante a formação da LBR, o BNDES concedeu financiamento de R$ 250 milhões por meio da emissão de debêntures (título de dívida, de médio e longo prazo, que torna o comprador um credor da empresa). Depois da fusão, o banco se tornou acionista da LBR, aportando um total de R$ 450 milhões, totalizando participação de R$ 700 milhões no negócio. A empresa entrou em recuperação judicial no ano seguinte. Para parlamentares da CPI do BNDES, a LBR foi mais um investimento do banco no setor de lácteos, resultante “de falhas de diagnóstico” do BNDES. Nelson Bastos rebateu as declarações e disse que a LBR não “quebrou”. Segundo ele, o processo de recuperação judicial é uma fase anterior à falência. - Tudo indica que não vai falir. A LBR vai sobreviver como empresa muito menor, assegurando que produtores de leite continuem e empregados sejam mantidos com novos compradores das plantas vendidas pela empresa - disse Bastos. A CPI do BNDES investiga se ocorreram irregularidades nas operações de crédito firmadas pelo banco entre 2003 e 2015. Angola No dia 15 de outubro, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos – sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e proprietário da Exergia Brasil – disse que não tem amizade com Lula e nunca frequentou a casa do político. Ele depôs como testemunha, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Santos foi convidado para falar sobre a contratação de sua empresa de engenharia pela Odebrecht para construção da Hidrelétrica de Cambambe, em Angola. - O único contato que tenho [com Lula] é esse vínculo com o passado – afirmou aos parlamentares. Os parlamentares fizeram o convite para que o empresário falasse sobre as suspeitas de que Lula teria intermediado negociações para favorecer a empresa de Santos. A obra, financiada pelo BNDES, teve custo de quase US$ 500 milhões. O empresário confirmou que seu pai, Jacinto Ribeiro dos Santos, foi muito amigo do ex-presidente, mas acrescentou que pessoalmente é amigo apenas do filho do ex-presidente, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

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