Ministério da Saúde incorpora nova técnica para tratar ceratocone

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Publicado Sexta, 23 de Setembro de 2016 às 09:19, por: CdB

O método é uma possibilidade terapêutica para conter o avanço da doença progressiva, com o objetivo de retardar a perda da visão do paciente e evitar ou adiar a necessidade de transplante de córnea

Por Redação, com ACS - de Brasília:

O Ministério da Saúde incorporou um procedimento rápido, e pouco invasivo para tratar o ceratocone, doença que pode causar deformidade da córnea.

A nova técnica, conhecida como crosslinking corneano, tem capacidade de deter a evolução da doença.

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Ceratocone é degenerativa e pode levar à progressiva perda do campo de visão, comprometendo a qualidade de vida

O método é uma possibilidade terapêutica para conter o avanço da doença progressiva, com o objetivo de retardar a perda da visão do paciente e evitar ou adiar a necessidade de transplante de córnea.

Tratamento

O procedimento será incluído na tabela SUS mediante a publicação de um protocolo de uso, que será elaborado pela pasta.

Por meio do crosslinking corneano, é possível aumentar a rigidez do tecido da córnea. Há retirada de algumas células superficiais, seguida da aplicação de colírio de riboflavina (vitamina B2) e a irradiação de luz ultravioleta na região por cerca de 30 minutos.

O procedimento estabiliza a córnea, pois aumenta a força de ligação entre suas células.

Doença

Ceratocone é degenerativa e pode levar à progressiva perda do campo de visão, comprometendo a qualidade de vida.

A decisão, que teve como base a recomendação técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), foi publicada na quinta-feira.

Estima-se que, por ano, 2.434 pessoas acometidas por ceratocone podem ser tratadas com a técnica incorporada ao Sistema Único de Saúde.

Para saúde ocular da população, o SUS oferece cirurgias para tratar ceratocone por implante intraestromal, a catarata e o glaucoma.

Neste ano já foram realizadas 234.405 cirurgias para tratar a catarata e 7.113 cirurgias para glaucoma. O SUS também oferece tratamento medicamentoso para glaucoma, só neste ano já foram feitos 331.127 tratamentos.

Atenção básica

O Ministério da Saúde já iniciou o pagamento da fase de avaliação do 3° ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), cujo objetivo é medir a melhoria dos indicadores firmados em contrato com os municípios no âmbito do programa.

Foram repassados R$ 4 milhões para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e R$ 1,5 milhão para a Universidade Federal da Bahia (UFBA),

valores que correspondem à 2ª parcela do repasse para execução da fase de avaliação externa. No total, serão repassados R$ 8 milhões à UFMG e R$ 3 milhões à UFBA.

O objetivo do PMAQ é incentivar os gestores e equipes de saúde a melhorarem a qualidade dos serviços na Atenção Básica oferecidos à população.

Programa

O programa eleva o repasse de recursos do incentivo federal para os municípios participantes que atingirem melhora no padrão de qualidade do atendimento. Consequentemente os mesmos devem promover um conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e avaliação do trabalho das equipes de saúde.

Além da UFMG e da UFBA, outras seis instituições de ensino e pesquisa (UFRGS, UFPel, UFRN, UFPI, UFS e Fiocruz/RJ) estão coordenando essa fase de avaliação externa do programa, que envolverá cerca de 40 instituições.

Para este ciclo, a UFMG vai avaliar 5.551 equipes de Atenção Básica (EAB) e 557 Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) em três Estados, Minas Gerais, Acre e

Rondônia. Já a UFBA será responsável pela avaliação de 3.245 EAB e 290 NASF no Estado da Bahia.

Em todo o país, serão avaliadas 38.865 EAB e 4.110 NASF. Cada equipe participante do programa será visitada por uma instituição de ensino e pesquisa. É onde serão coletadas informações da infraestrutura das Unidades de Saúde (UBS) e do trabalho dessas equipes. Conjuntamente, seguirão com a avaliação dos indicadores pactuados. As equipes serão certificadas de acordo com o desempenho de seus resultados.

Equipes

Também foi publicada, nesta semana, a portaria de homologação das equipes que participarão do 3º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Neste ciclo, 5.324 municípios brasileiros aderiram ao programa, o que corresponde a 95,6%.

Todas as equipes elegíveis, que fizeram as solicitações no sistema de adesão foram homologadas. Isso inclui as equipes recontratualizadas, participantes do último ciclo, e também as equipes ranqueadas no momento da adesão.

No total, participam 38.865 (93,9%) equipes de Atenção Básica. Dessas, 25.090 (95,9%) com equipes de Saúde Bucal e 4.110 (91,2%) Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

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