Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Michael Temer: aliado de bico tucano

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Sábado, 05 de Setembro de 2015 às 14:42, por: CdB
Por João Vicente Goulart - de Brasília Graves, extremamente graves e inoportunas as palavras que emanaram do bico de Michael Temer, com cores e ares de tucano, prontinhas para um recado com alvo: alerta para o Planalto e a Dona Dilma que “estou aqui”, na condução do PMDB, aliado central que dá sustentação a aliança de governabilidade e pronto para voar no cerrado árido de Brasília.
Temer-repweb.jpgTemer diz que Dilma não se segura no poder até o fim do mandato se rejeição continuar em alta
As instituições, aparentemente funcionais e autônomas desfilam aberturas de inquérito, denuncias de fraude eleitorais de ministros do STF que não se contentam em administrar a justiça, juízes que em nome do combate a corrupção se aliam para entregar nossa maior estatal ao controle de empresas estrangeiras, a Petrobras. Entrega esta que já se avizinha através de projetos de senadores conhecidamente entreguistas de nosso patrimônio nacional. A verdadeira aliança é mais visível nas atitudes golpistas destas aparentes e autônomas instituições do Brasil, do que a frágil e quebradiça aliança de governabilidade. Todos conhecemos, através de fatos, eleição trás eleição a posição do PMDB: “si hay gobierno yo soy a favor”. As palavras encapsuladas do sempre esperto Michael Temer, de que Dilma não termina o mandato se forem mantidos os índices de popularidade nos três anos e meio que faltam para encerrar o mandato, quem sabe não é um ato de aviso aos demais e incógnitos peemedebistas prontos para pular do ninho: estamos no caminho certo (o deles). Já circula nos meios encapsulados que não é hora de forçar o impeachment de Dilma, mas de ir sangrando-a paulatinamente , até fechar os dois anos de mandato, pois assim, em caso de uma grave crise institucional, praticada por eles mesmos, não haveria mais chances de realizar outras eleições, estando Temer em uma atitude de que se “sacrificaria” pelo Brasil assumindo a Presidência; tendo ainda à frente a possibilidade de reeleição e abatendo mais ainda a possível candidatura de Lula com este contínuo lento e dolorido sangramento do PT e seus quadros. Começaria então a era do PMDB com bico de tucano? João Vicente Goulart é diretor do Instituto João Goulart (IPG).
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