Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Manifestantes têm 48 horas para deixar gramado do Congresso

As presidências da Câmara e do Senado decidiram, nesta quinta-feira, retirar os manifestantes acampados desde outubro em frente ao Congresso Nacional.

Sexta, 20 de Novembro de 2015 às 08:45, por: CdB
Por Redação, com Vermelho - de Brasília: As presidências da Câmara e do Senado decidiram, nesta sexta-feira, retirar os manifestantes pró-impeachment acampados desde outubro no gramado em frente ao Congresso Nacional. Os golpistas têm 48 horas para deixar o local. O grupo é formado principalmente por integrantes do Movimento Brasil Livre e manifestantes que pedem a volta da ditadura militar no Brasil. A decisão foi tomada após reunião entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Os extremistas não gostaram da notícia e prometem retaliar.
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A decisão foi tomada após reunião entre Calheiros, Cunha e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg
Na semana passada, após um manifestante ser pego pela Polícia Civil portando forte armamento, a bancada do PT na Câmara solicitou ao Ministério da Justiça que acionasse a Polícia Federal para investigar a atuação de grupos golpistas acampados nas imediações do Congresso Nacional. O homem portava uma arma de fogo e tinha diversas armas brancas escondidas em seu carro, que estava parado junto ao acampamento que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em frente ao Congresso Nacional. “Respeitamos a liberdade de expressão e de manifestação, mas jamais poderemos nos omitir diante de fatos gravíssimos como o que ocorreu e que podem se repetir na forma de tragédia”, diz a nota. Na tarde de quarta-feira, durante a Marcha das Mulheres Negras, dois homens sacaram suas armas de fogo e disparam enquanto as mulheres, que estavam na passeata de forma pacífica, tentavam se aproximar do Congresso Nacional. Bombas e rojões também foram jogados, segundo participantes da marcha. - Aquelas bombas foram soltas ali por eles. Temos pessoas feridas. E as mulheres, como sempre, pacíficas, assustadas e se sentindo desprotegidas pelo poder público, na medida em que não tem um policiamento para resguardar uma marcha de mais de 10 mil mulheres - indignou-se a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), na quarta-feira, em plenário, logo após a confusão. 'Carnificina' Um dos líderes do acampamento que está em frente ao Congresso Nacional, que defende a deposição do governo e a “intervenção popular”, Felipe Porto, afirmou nesta na noite passada que não há chances de o movimento deixar o local de forma pacífica. – Vamos resistir. Estamos armados e se houver isso (retirada) vai ter uma carnificina aqui – afirmou. No gramado em frente ao Congresso há pelo menos quatro grupos distintos acampados, a maioria pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. O grupo a que Felipe pertence, denominado “Ocupa Brasília”, é composto majoritariamente por ex-militares e ex-policiais. Por isso, afirmam, estão armados legalmente. Não havia reforço policial nesta manhã. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentam articular a retirada de todos os acampamentos. O grupo de Porto é o mesmo responsável pela manifestação de domingo, dia 15 de novembro, para “defender a pátria”. O protesto, entretanto, não reuniu 20 pessoas. Porto disse que apesar de poucos adeptos o grupo tem condições de “chamar reforço armado” caso haja confronto. – O cenário de guerra está armado – reforçou a bravata.
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