Por Redação, com Vermelho - de Brasília:
As presidências da Câmara e do Senado decidiram, nesta sexta-feira, retirar os manifestantes pró-impeachment acampados desde outubro no gramado em frente ao Congresso Nacional. Os golpistas têm 48 horas para deixar o local. O grupo é formado principalmente por integrantes do Movimento Brasil Livre e manifestantes que pedem a volta da ditadura militar no Brasil.
A decisão foi tomada após reunião entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Os extremistas não gostaram da notícia e prometem retaliar.
A decisão foi tomada após reunião entre Calheiros, Cunha e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg
Na semana passada, após um manifestante ser pego pela Polícia Civil portando forte armamento, a bancada do PT na Câmara solicitou ao Ministério da Justiça que acionasse a Polícia Federal para investigar a atuação de grupos golpistas acampados nas imediações do Congresso Nacional.
O homem portava uma arma de fogo e tinha diversas armas brancas escondidas em seu carro, que estava parado junto ao acampamento que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em frente ao Congresso Nacional.
“Respeitamos a liberdade de expressão e de manifestação, mas jamais poderemos nos omitir diante de fatos gravíssimos como o que ocorreu e que podem se repetir na forma de tragédia”, diz a nota.
Na tarde de quarta-feira, durante a Marcha das Mulheres Negras, dois homens sacaram suas armas de fogo e disparam enquanto as mulheres, que estavam na passeata de forma pacífica, tentavam se aproximar do Congresso Nacional. Bombas e rojões também foram jogados, segundo participantes da marcha.
- Aquelas bombas foram soltas ali por eles. Temos pessoas feridas. E as mulheres, como sempre, pacíficas, assustadas e se sentindo desprotegidas pelo poder público, na medida em que não tem um policiamento para resguardar uma marcha de mais de 10 mil mulheres - indignou-se a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), na quarta-feira, em plenário, logo após a confusão.
'Carnificina'
Um dos líderes do acampamento que está em frente ao Congresso Nacional, que defende a deposição do governo e a “intervenção popular”, Felipe Porto, afirmou nesta na noite passada que não há chances de o movimento deixar o local de forma pacífica.
– Vamos resistir. Estamos armados e se houver isso (retirada) vai ter uma carnificina aqui – afirmou.
No gramado em frente ao Congresso há pelo menos quatro grupos distintos acampados, a maioria pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. O grupo a que Felipe pertence, denominado “Ocupa Brasília”, é composto majoritariamente por ex-militares e ex-policiais. Por isso, afirmam, estão armados legalmente.
Não havia reforço policial nesta manhã. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentam articular a retirada de todos os acampamentos.
O grupo de Porto é o mesmo responsável pela manifestação de domingo, dia 15 de novembro, para “defender a pátria”. O protesto, entretanto, não reuniu 20 pessoas. Porto disse que apesar de poucos adeptos o grupo tem condições de “chamar reforço armado” caso haja confronto.
– O cenário de guerra está armado – reforçou a bravata.
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