Lula e Chico Buarque confirmam presença em ato no Rio

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Publicado Quarta, 06 de Abril de 2016 às 08:35, por: CdB

Artistas e intelectuais convocam para ato em defesa da Democracia, na segunda-feira, a partir das 17h, na Lapa, Centro do Rio, com a presença do ex-presidente Lula

Por Redação - do Rio de Janeiro
Em manifesto, divulgado nesta quarta-feira, artistas e intelectuais, com apoio da Frente Brasil Popular (FBP), ressaltam que “o que vivemos hoje, no Brasil, é uma clara ameaça ao que foi conquistado a duras penas: a Democracia. Uma Democracia ainda incompleta, é verdade, mas que soube, nos últimos anos, avançar de maneira decidida na luta contra as desigualdades e injustiças, na conquista de mais espaço de liberdade, na eterna tentativa de transformar este nosso país na casa de todos e não na dos poucos privilegiados de sempre”. Segundo os autores da convocação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença no ato político.
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Chico Buarque e Lula confirmam realização de ato público na Lapa, Centro do Rio
Ainda segundo o filósofo Leonardo Boff, o escritor e compositor Chico Buarque de Hollanda, o ator Wagner Moura, o escritor Fernando Morais, e o jornalista Eric Nepomuceno, no manifesto, “nós, trabalhadores das artes e da cultura em seus mais diversos segmentos de expressão, estamos unidos na defesa dessa democracia. Da mesma forma que as artes e a cultura do nosso país se expressam em sua plena – e rica, e enriquecedora – diversidade, nós também integramos as mais diversas opções ideológicas, políticas, eleitorais”. “Mas nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. O respeito à vontade da maioria. O respeito à diversidade de opiniões. Entendemos claramente que o recurso que permite a instauração do impedimento presidencial - isso que em português castiço é chamado de 'impeachment' - integra a Constituição Cidadã de 1988. E é precisamente por isso, pelo respeito à Constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. Quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de Estado”. Os signatários do manifesto, que confirmaram a presença de Lula no ato público, lembram que “muitos de nós vivemos, aqui e em outros países, o fim da democracia. Todos nós, de todas as gerações, vivemos a reconquista dessa democracia. Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo - a este e a qualquer outro”. “Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada. Uma democracia, vale reiterar, que precisa avançar, e muito. Que não seja apenas o direito de votar, mas de participar, abranger, enfim, uma democracia completa, sem fim. Em que cada um possa reivindicar o direito à terra, ao meio-ambiente, à vida. À dignidade. Ela custou muita luta, sacrifício e vidas. Custou esperanças e desesperanças”, afirmam. Para os autores da convocação, “que isso que tentam agora os ressentidos da derrota e os aventureiros do desastre não custe o futuro dos nossos filhos e netos. Estamos reunidos para defender o presente. Para espantar o passado. Para merecer o futuro. Para construir esse futuro. Para merecer o tempo que nos foi dado para viver”.
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