Rio de Janeiro, 04 de Maio de 2025

Lula critica processo de impeachment de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta sexta-feira, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff durante o seminário "O Desafio dos Emergentes". O evento é organizado pelo jornal El País na Espanha.

Sexta, 11 de Dezembro de 2015 às 11:11, por: CdB

Lula lembrou que alguns articulistas apontam que tudo isso estaria sendo feito para evitar sua volta em 2018

Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta sexta-feira, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, durante o seminário "O Desafio dos Emergentes", organizado pelo jornal El País na Espanha. O evento conta também com a presença de Felipe González, ex-presidente espanhol. Ele também definiu a tentativa de afastamento de Dilma como uma reação "desesperada" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quem já acusou de "vingança" em discurso nessa semana em Berlim. - Não há base legal ou jurídica para o impeachment de Dilma. Trata-se de um ataque moral à democracia - disse o ex-presidente.
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respeito da crise econômica por que passa o Brasil, Lula afirmou que "temos um potencial enorme de recuperação da economia"
Lula lembrou que alguns articulistas apontam que tudo isso estaria sendo feito para evitar sua volta em 2018. - Dizem que o que acontece hoje no Brasil é para impedir que eu volte à presidência. O país não merece esse sacrifício. É melhor fazer o debate - defendeu. A respeito da crise econômica por que passa o Brasil, Lula afirmou que "temos um potencial enorme de recuperação da economia. O Brasil é muito produtivo". Sobre o novo presidente argentino, Mauricio Macri, Lula disse que acredita que este agirá à altura dos desafios do Mercosul e da América Latina. A respeito do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o petista disse que é preciso "muito diálogo".

Golpe de estado

No dia 7 deste mês, Lula afirmou que, para recolocar o país de volta nos trilhos, não se pode permitir que “haja um golpe de Estado via impeachment” no Congresso. Durante reunião com movimentos sociais e centrais sindicais, na sede do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, o ex-presidente afirmou que não há “base política e jurídica” para o afastamento da presidenta Dilma.

2018

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na abertura da 3ª Conferência da Juventude do PT, no dia 20 de novembro, para alertar o partido que não há como pensar em 2018, ano eleitoral, sem resolver a crise política e econômica atual e ajudar a presidente Dilma Rousseff, mas pôs a culpa dos problemas na oposição. – Antes de a gente pensar em 2018 nós temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição colocou a gente depois das eleições – afirmou, para um plateia que o recebeu com gritos de “Lula de novo com a força do povo”. – O que precisamos ter consciência é que a primeira tarefa é ajudar a companheira Dilma. Deus queira que seja aprovado tudo o que ela quer até o final do ano para que gente possa virar a página do ajuste e colocar a página do crescimento no lugar, para que a gente possa fazer esse país voltar a crescer – completou.
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