O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta sexta-feira, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff durante o seminário "O Desafio dos Emergentes". O evento é organizado pelo jornal El País na Espanha.
Lula lembrou que alguns articulistas apontam que tudo isso estaria sendo feito para evitar sua volta em 2018
Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta sexta-feira, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, durante o seminário "O Desafio dos Emergentes", organizado pelo jornal El País na Espanha. O evento conta também com a presença de Felipe González, ex-presidente espanhol.
Ele também definiu a tentativa de afastamento de Dilma como uma reação "desesperada" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quem já acusou de "vingança" em discurso nessa semana em Berlim.
- Não há base legal ou jurídica para o impeachment de Dilma. Trata-se de um ataque moral à democracia - disse o ex-presidente.
respeito da crise econômica por que passa o Brasil, Lula afirmou que "temos um potencial enorme de recuperação da economia"
Lula lembrou que alguns articulistas apontam que tudo isso estaria sendo feito para evitar sua volta em 2018.
- Dizem que o que acontece hoje no Brasil é para impedir que eu volte à presidência. O país não merece esse sacrifício. É melhor fazer o debate - defendeu.
A respeito da crise econômica por que passa o Brasil, Lulaafirmou que "temos um potencial enorme de recuperação da economia. O Brasil é muito produtivo".
Sobre o novo presidente argentino, Mauricio Macri, Lula disse que acredita que este agirá à altura dos desafios do Mercosul e da América Latina. A respeito do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o petista disse que é preciso "muito diálogo".
Golpe de estado
No dia 7 deste mês, Lula afirmou que, para recolocar o país de volta nos trilhos, não se pode permitir que “haja um golpe de Estado via impeachment” no Congresso. Durante reunião com movimentos sociais e centrais sindicais, na sede do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, o ex-presidente afirmou que não há “base política e jurídica” para o afastamento da presidenta Dilma.
2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na abertura da 3ª Conferência da Juventude do PT, no dia 20 de novembro, para alertar o partido que não há como pensar em 2018, ano eleitoral, sem resolver a crise política e econômica atual e ajudar a presidente Dilma Rousseff, mas pôs a culpa dos problemas na oposição.
– Antes de a gente pensar em 2018 nós temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição colocou a gente depois das eleições – afirmou, para um plateia que o recebeu com gritos de “Lula de novo com a força do povo”.
– O que precisamos ter consciência é que a primeira tarefa é ajudar a companheira Dilma. Deus queira que seja aprovado tudo o que ela quer até o final do ano para que gente possa virar a página do ajuste e colocar a página do crescimento no lugar, para que a gente possa fazer esse país voltar a crescer – completou.
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