Lava Jato: termina prazo da prisão temporária de cinco suspeitos

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Publicado Sexta, 07 de Agosto de 2015 às 08:26, por: CdB

Por Redação, com agências - de Brasília: Terminou nesta sexta-feira o prazo da prisão temporária de cinco suspeitos da 17ª fase da Operação Lava Jato, os investigados estão detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) desde segunda-feira e pode ter a prisão prorrogada por mais cinco dias. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal(MPF), também poderão pedir a conversão da prisão temporária para preventiva, caso achem necessário, quando não há prazo para os suspeitos deixarem a prisão. A decisão cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação na primeira instância.  

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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal(MPF), também poderão pedir a conversão da prisão temporária para preventiva
  Entre os suspeitos estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão preventiva. De acordo com as investigações, ele teria participado da instituição do esquema de corrupção na estatal quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo investigações da PF e do Ministério Público Federal. O advogado do ex-ministro nega irregularidades e afirma que a prisão tem "justificativa política". A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de "Pixuleco" (apelido para propina), investiga um esquema de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. O foco são irregularidades em contratos com empresas terceirizadas. MP denuncia Zelada Na quinta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou  o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada e outras cinco pessoas pelos crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, em mais uma denúncia relacionada à operação Lava Jato. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, Zelada recebeu propina para beneficiar uma empresa de afretamento de navios-sonda na assinatura de um contrato com a Petrobras. Ainda de acordo com o MPF, auditorias internas da própria estatal apontaram irregularidades no contrato. A procuradoria afirma ainda que, em cooperação com autoridades do principado de Mônaco, descobriu-se que Zelada escondia recursos em contas no exterior em montante superior a 11,5 milhões de euros e que o ex-diretor transferiu recursos para o estrangeiro mesmo após o início da Lava Jato. - Também foram reunidas diversas provas que ligam todos os envolvidos no período em que foi celebrado tal contrato, tais como registros de reuniões, relatórios de acesso ao prédio da Petrobras, e-mail trocados e relatórios de fluxo migratório, bem como os documentos bancários das contas mantidas no exterior, os quais indicam que Jorge Luiz Zelada efetivamente recebeu milhões de reais de propina enquanto foi diretor da Petrobras - disse o MPF em nota. A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras no qual empreiteiras teriam formado um cartel para obter contratos de obras da companhia com sobrepreço. Em troca, pagavam propina a funcionários da estatal, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.  

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