Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Lava Jato: Polícia Federal realiza nova fase da operação

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Quarta, 27 de Janeiro de 2016 às 08:00, por: CdB

 

A Lava Jato investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas e órgãos públicos

Por Redação, com agências - de Brasília:   A Polícia Federal retomou nesta quarta-feira as ações da operação Lava Jato com a realização de uma nova fase que investiga suposto repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras por meio de um empreendimento imobiliário, com participação de uma empreiteira já investigada, informou a PF. A 22ª etapa da Lava Jato, chamada Triplo X, também investiga um suposto grupo criminoso que possibilitava a investigados movimentar recursos recebidos de propina no exterior, acrescentou a PF em nota. Foram expedidos 6 mandados de prisão temporária, além de 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba (SC). – Nesta fase são apurados os crimes de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, dentre outros – disse a Polícia Federal. A empreiteira com envolvimento na nova etapa da Lava Jato seria a OAS e a PF também estaria investigando a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), segundo a mídia.
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A Polícia Federal retomou nesta quarta-feira as ações da operação Lava Jato
O empreendimento imobiliário envolvido na investigação fica no mesmo condomínio no Guarujá (SP) onde a OAS havia reservado um apartamento triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula. A Lava Jato investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas e órgãos públicos, empreiteiras e partidos e políticos, e já levou à prisão vários ex-executivos da petroleira e de empreiteiras, além de políticos.

Terceira pessoa presa

Chegou na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Renata Pereira Brito, a terceira pessoa presa na 22ª fase da Operação Lava Jato. A Operação Triplo X. Além de Renata, ligada à empresa Mossack Fonseca, foram presos em São Paulo Nelci Warken e Ricardo Honório Neto. Até então, não foram localizados Maria Mercedes Riano Quijano, Ademir Auada e Luiz Fernando Hernadez Rivero. Ao todo, a Polícia Federal tem 23 mandados judiciais para cobrir, sendo seis de prisão. A empresa Mossack Fonseca é responsável pela offshore Murray, que adquiriu um condomínio imobiliário no Guarujá, litoral paulista, inicialmente construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), presidida entre 2005 e 2010 pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em abril do ano passado, numa das fases da Lava Jato. O empreendimento foi repassado para a empreiteira OAS em 2009, em função de uma crise financeira da cooperativa. O nome da operação faz alusão à Murray, que mantém um triplex no condomínio. A Polícia Federal apura se houve ocultação de patrimônio na operação e se as unidades foram usadas como repasse de propina. Segundo a Polícia Federal, os presos serão levados para Curitiba.

Andrade Gutierrez

O Ministério Público Federal (MPF) reiterou na terça-feira à Justiça Federal em Curitiba pedido de condenação de ex-executivos da empreiteira Andrade Gutierrez e ex-diretores da Petrobras investigados na Operação Lava Jato pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Nas alegações finais entregues ao juiz Sergio Moro, além de pedir a condenação de 11 réus, o MPF quer a devolução de R$ 729 milhões, referente aos valores indevidos pagos a ex-diretores da estatal. Segundo os procuradores, devem ser condenados Otávio de Azevedo, presidente afastado da empreiteira, Pedro Barusco e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras, além de outros investigados. O empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, o doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, devem ser beneficiados com redução de pena por terem assinado acordo de delação premiada. Para os procuradores, a Andrade Gutierrez participava do cartel de empresas que tinham contratos com a Petrobras. A denúncia contra os acusados foi oferecida em julho do ano passado. A empreiteira e as defesas de Renato Duque e Pedro Barusco informaram que não vão se manifestar sobre o assunto.
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