Quarta, 24 de Fevereiro de 2016 às 10:02, por: CdB
Os dois tiveram a prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a relação de Santana com a empresa Odebrecht
Por Redação, com ABr - de Brasília:
A Polícia Federal em Curitiba deve ouvir nesta quarta-feira, o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura. Os depoimentos estão previstos para o início da tarde na Superintendência da Polícia Federal (PF). Santana deve ser ouvido primeiramente.
João Santana e Mônica Moura chegaram na terça-feira a Curitiba no fim da manhã e foram encaminhados à Superintendência da PF na capital paranaense. Os dois tiveram a prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a relação de Santana com a empresa Odebrecht. A empreiteira também é alvo de investigações da Polícia Federal e teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior.
A Polícia Federal em Curitiba deve ouvir nesta quarta-feira, o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura
Bens
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, determinou na última segunda-feira o sequestro de um apartamento, localizado em São Paulo, registrado em nome de Santana e de sua mulher.
Há suspeitas de que o imóvel teria sido pago com dinheiro retirado de uma conta secreta na Suíça.
Provas contra João Santana
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal (STF), Gilmar Mendes, disse na terça-feira que será uma “tragédia” se as provas colhidas na 23ª fase da Operação Lava Jato associarem os recursos depositados em contas do marqueteiro João Santana no exterior a campanhas eleitorais.
– Precisamos saber a substância do que está por trás. Precisamos esperar os desdobramentos. Mas essa é a pergunta chave: se, de fato, estiver associado à campanha (eleitoral) brasileira é uma tragédia nacional – afirmou Mendes ao chega à cerimônia de posse da diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB).
– Se (os recursos) estiverem associados à campanha eleitoral, é de uma gravidade que não preciso explicitar. Isso mostra abuso de poder econômico, caixa dois. Mas precisamos esperar – acrescentou Mendes.
João Santana, preso hoje pela Polícia Federal, coordenou as duas campanhas da presidenta Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e a campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. O marqueteiro e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram a prisão decretada na última segunda-feira pelo juiz Sérgio Moro. Os investigadores da Lava Jato suspeitam que eles usam contas secretas no exterior para receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.
Gilmar Mendes afirmou que as provas da 23ª fase da Lava Jato poderão ser usadas pelo TSE no julgamento da ação proposta pelo PSDB, que pede cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, porde poder econômico e político: “Já está havendo o das provas e, certamente, as provas [da Lava Jato] irão para os autos (do TSE).”
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