Após três anos recluso, fundador do Wikileaks anuncia que deixará sede diplomática do Equador em Londres se perder ação na ONU
Por Redação, com DW - de Londres: Julian Assange, fundador do site Wikileaks, garantiu nesta quinta-feira que vai se entregar à polícia britânica caso a Organização das Nações Unidas (ONU) decida que ele não foi detido de forma arbitrária, após três anos vivendo na Embaixada do Equador em Londres. – Se a ONU anunciar que eu perdi o meu caso contra o Reino Unido e a Suécia, eu devo deixar a embaixada ao meio-dia desta sexta-feira e aceitar a detenção pela polícia britânica, já que não há perspectiva para um futuro recurso – afirmou o australiano em comunicado. – No entanto, caso eu vença e se conclua que os países atuaram ilegalmente, eu espero a devolução imediata do meu passaporte e a rescisão de novas tentativas de me prender – realçou. Após a declaração, um porta-voz da polícia do Reino Unido afirmou que prenderá o fundador do Wikileaks caso ele deixe o local de asilo. "O mandado ainda está valendo. Se ele sair da embaixada, lançaremos todos os esforços para prendê-lo." Em 2012, um longo processo legal no Reino Unido decidiu pela entrega de Assange às autoridades da Suécia, onde ele é acusado de crimes sexuais contra duas mulheres. Para evitar a extradição, ele recebeu asilo da embaixada equatoriana em junho do mesmo ano.