Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Jucá deixa ministério após escândalo em que tenta barrar Lava Jato

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Segunda, 23 de Maio de 2016 às 15:31, por: CdB

Segundo Jucá — principal articulador do afastamento de Dilma Rousseff — o golpe contra a presidenta eleita era fundamental para barrar a operação Lava Jato

 
Por Redação - de Brasília
  A equipe do presidente de facto, Michel Temer, sofre um novo impacto com o afastamento, na tarde desta segunda-feira, do senador Romero Jucá, que ocupava a pasta do Planejamento. Jucá pediu para deixar o cargo após ser flagrado, em uma escuta telefônica, enquanto tramava o afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
romero-juca.jpgRomero Jucá, um dos principais articuladores do golpe de Estado, em curso, é investigado na
Operação Lava Jato
Segundo o ex-ministro — principal articulador do afastamento de Dilma Rousseff — o golpe contra a presidenta eleita era fundamental para barrar a operação Lava Jato. Jucá foi aconselhado por integrantes do grupo político que tomou a Presidência da República, com o afastamento da presidenta eleita, a deixar o cargo espontaneamente, antes que Temer se visse forçado a demití-lo. Na gravação em que Jucá combina com militares e ministros do Supremo Tribunal Federal o rito do golpe de Estado, em curso, ele deixa transparecer que detém informações capazes de abalar, ainda mais, o governo interino e demais políticos que apoiaram o processo, no Congresso. A solução diplomática, encontrada por articuladores do golpe, foi o pedido de licença do cargo. Momentos antes, em uma entrevista coletiva, Jucá havia garantido que não deixaria o cargo. A declaração ocorreu sem que o agora ex-ministro percebesse a gravidade dos fatos e sua repercussão nas redes sociais e nos meios independentes de comunicação. A mídia conservadora, diante do irremediável, passou a pedir o imediato afastamento do ministro, como o diário conservador carioca O Globo, em editorial. Trata-se, porém, de um dos veículos que defenderam o golpe no país. Jucá, após anunciar a queda do cargo, disse ainda que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República que se manifeste sobre a existência de “indício no conteúdo do diálogo divulgado de que ele possa ter cometido algum crime”. Ouça, adiante, o áudio que deu início ao escândalo que atingiu o governo Temer e o senador por Roraima:
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