Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2025

Jandira Feghali entra com ação penal contra deputados

A deputada Jandira Feghali (RJ), ingressou nesta quinta-feira com ação penal por ameaça no Supremo Tribunal Federal contra Alberto Fraga (DEM/DF).

Quinta, 14 de Maio de 2015 às 09:48, por: CdB
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No dia 7 de maio, Jandira Feghali foi alvo de duas agressões por parte dos acusados
A líder da bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (RJ), ingressou nesta quinta-feira com ação penal por ameaça no Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar Alberto Fraga (DEM/DF). Feghali também apresentou duas representações no Conselho de Ética da Câmara contra Fraga e o deputado Roberto Freire (PPS/SP). No dia 7 de maio, ela foi alvo de duas agressões por parte dos acusados. Durante votação da Medida Provisória 665 na Câmara, ao defender o deputado Orlando Silva (PCdoB/SP), acabou tendo o braço segurado e torcido pelo parlamentar do PPS. Logo em seguida, o deputado do DEM disse ao microfone que “mulher que participa da política e bate como homem, tem que apanhar como homem”. As violências contra Jandira em Plenário foram repudiadas por diversos movimentos sociais, entidades da sociedade civil, centrais trabalhistas, sindicatos, partidos e lideranças políticas, ministros de Estado e a presidente da República, Dilma Rousseff. O caso foi registrado por imagem e áudio, e o material anexado aos laudos da Câmara e do STF. - Ter lado na política incomoda muita gente. E quando é uma mulher que lidera um debate, é mais incômodo ainda. Nenhuma violência deve ocorrer ou ser justificada, como disseram. Isso deve ter um basta da sociedade de uma vez por todas - disse a deputada do PCdoB. Em sua página no Facebook, a deputada acusou Alberto Fraga de incentivar, com suas declarações, a violência contra as mulheres no país. Confira o texto: “Parece que as noites na Câmara não tem como piorar nesta Legislatura. Sim, fui agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire durante discussão da medida provisória 665 agora pouco. Pegou meu braço com força e o jogou para trás. O deputado Alberto Fraga, NÃO SATISFEITO com a violência flagrada, disse que “quem bate como homem deve apanhar como homem” na minha direção. Fazia menção a mim. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=P0FfgaS0TUA[/embed] É assustador o que está acontecendo nesta Casa. Em trinta anos de vida pública jamais passei por tal situação. Em seis mandatos como deputada federal, onde liderei a bancada do PCdoB por duas vezes e enfrentei diversos embates, jamais fui sujeitada à violência física ou incitação à violência contra mulher. Muitas foram as frentes de debate político aqui dentro. Parece irônico a mulher que escreveu o texto em vigor da Lei Maria da Penha seja vítima de um crime como este. Vou acionar judicialmente o senhor Fraga pela apologia inaceitável. Esta medida já está sendo encaminhada. Minha trajetória é reta, ética e coerente dentro da política desde quando me tornei uma pessoa pública, na década de 80. Não baixarei a cabeça para nenhum machista violento que acha correto destilar seu ódio. A Justiça cuidará disto. E ela, sim, pesará sua mão”.
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