IPCA-15 recua em maio, mas atinge 8,24% em 12 meses
A prévia da inflação oficial brasileira desacelerou em maio a 0,60%, atingindo a menor taxa em seis meses com alívio nos preços de energia elétrica, mas continua acima de 8% em 12 meses e na máxima em mais de 11 anos.
A prévia da inflação oficial brasileira desacelerou em maio a 0,60%, atingindo a menor taxa em seis meses com alívio nos preços de energia elétrica, mas continua acima de 8% em 12 meses e na máxima em mais de 11 anos.
O grupo com maior impacto em maio foi Alimentação e Bebidas, de 0,26 ponto percentual
O IBGE informou nesta sexta-feira que nos 12 meses até maio o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acumula alta de 8,24%, contra 8,22% em abril, nível mais alto desde janeiro de 2004, quando chegou a 8,46%.
Com isso, permanece a pressão sobre o Banco Central para controlar a alta dos preços, já que a inflação continua bem acima do teto da meta do governo - de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais.
Os resultados ficaram praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, que apontava avanço de 0,59% na base mensal e de 8,23% em 12 meses na mediana das estimativas.
Após uma série de aumento de impostos e tarifas no início do ano, a desaceleração do IPCA-15 em maio ante a taxa mensal de 1,07% vista em abril deve-se a alta menor das contas de energia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em maio, a energia elétrica registrou alta de 1,41%, contra 13,02% em abril. Isso levou os preços do grupo Habitação a desacelerarem a alta a 0,85% neste mês, contra 3,66% em abril.
O grupo com maior impacto em maio foi Alimentação e Bebidas, de 0,26 ponto percentual após registrar alta de 1,05%. Porém, o que apresentou maior variação foi Saúde e Cuidados Pessoais, de 1,79%.
Isso aconteceu devido ao reajuste dos preços de produtos farmacêuticos, que tiveram alta média de 3,71%, representando o maior impacto individual no IPCA-15 do mês, de 0,12 ponto percentual.
Diante da inflação elevada, o Banco Central iniciou em outubro ciclo de aperto monetário que elevou a taxa de juros aos atuais 13,25%, e vê convergência para a meta ao fim de 2016.
Economistas consultados na pesquisa Focus projetam mais um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do BC, em junho, com a Selic encerrando o ano a 13,50% e o IPCA com alta de 8,31%.
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