Inadimplência com cheques fica em 2,27%

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Publicado Segunda, 21 de Março de 2016 às 10:16, por: CdB

O nível elevado da inadimplência com cheques em fevereiro último é decorrente da alta dos índices de desemprego no país

Por Redação, com ABr e Agências de Notícias - de Brasília:
Em todo o país, o percentual de cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos fechou fevereiro em 2,27%. Segundo a empresa de consultoria Serasa Experian, foi o segundo maior índice de inadimplência para o mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em 1991.
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Este foi o segundo maior índice de inadimplência para o mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em 1991
O maior valor para um mês de fevereiro havia sido a devolução de 2,32% do total de cheques, registrada em 2009. No mês de janeiro deste ano, foram devolvidos 2,41%. Em fevereiro de 2015, o índice chegou 2,19%. Segundo os economistas da Serasa, o nível elevado da inadimplência com cheques em fevereiro último é decorrente da alta dos índices de desemprego no país, o que afetou a geração de renda e capacidade de pagamento de compromissos financeiros por parte dos consumidores.

Inadimplência gradual

A inadimplência deve continuar a subir neste ano, em um ambiente de queda da atividade econômica e alta das taxas de juros, conforme projeção do Banco Central (BC). De acordo com dados divulgados em fevereiro deste ano pelo BC, em janeiro, a taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) das famílias chegou a 6,2%. No caso das empresas, a taxa ficou em 4,7%. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a inadimplência, principalmente de pequenas e médias empresas é mais expressiva. No caso das famílias, Maciel classificou o crescimento da inadimplência de “relativamente modesto”, em um cenário de retração da economia e aumento do desemprego. Maciel disse que o aumento da inadimplência tem ocorrido de forma gradual, o que permite aos clientes dos bancos renegociar as dívidas e às instituições financeiras fazer adequações no nível de provisionamento (reserva de recursos para situação de inadimplência). Segundo Maciel, o aumento das taxas de juros ocorre por influência de diversos fatores, como o crescimento da inadimplência. Ele enfatizou que as alterações nos juros do crédito não ocorrem somente por influência da taxa básica de juros (Selic), que não sido elevada pelo BC nos últimos meses.
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