Imigrantes tentam atravessar Eurotúnel mesmo com reforço na segurança

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Publicado Quinta, 30 de Julho de 2015 às 07:47, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Copenhague Imigrantes desesperados para chegar ao Reino Unido em busca de uma vida melhor ainda tentam atravessar o Eurotúnel por Calais, no Norte da França, dois dias depois de um homem de origem sudanesa ser atropelado por um caminhão na área do canal. Foi a nona morte nos últimos dois meses.
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O governo francês enviou na quarta mais 120 homens para reforçar a segurança do local
  O governo francês enviou na quarta mais 120 homens para reforçar a segurança do local, mesmo assim, grupos de imigrantes foram vistos tentando furar o bloqueio durante a madrugada. Na segunda-feira, cerca de 2 mil pessoas tentaram entrar no túnel para fazer a travessia do Canal da Mancha e entrar no Reino Unido. Na terça-feira, foram 1,5 mil. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, falou à imprensa durante visita ao Vietnã na manhã desta quinta-feira e descartou a possibilidade de oferecer vistos de trabalho para os imigrantes. “Há um enxame de pessoas vindo pelo Mediterrâneo em busca de uma vida melhor, querendo vir para a Grã-Bretanha pois temos bons empregos, somos uma economia em ascensão, um lugar incrível para se viver. Mas precisamos proteger nossas barreiras e, de mãos dadas com o governo francês, é isso que estamos fazendo”, disse. Cameron declarou, ainda, que o problema precisa ser tratado na origem. “Precisamos impedir que as pessoas atravessem o Mar Mediterrâneo. Isso significa tentar estabilizar os países de onde eles vem”, afirmou. A crise em Calais é consequência do aumento no fluxo de migração ilegal de pessoas pelo Mar Mediterrâneo, fugindo da guerra e da pobreza, em busca de uma vida melhor nos países da Europa. De janeiro a junho deste ano, mais de 130 mil pessoas entraram no continente europeu pela rota. Quase 1,9 mil morreram tentando completar a travessia. A União Europeia planeja oferecer asilo ainda este ano para 40 mil imigrantes, mas, em reunião entre os ministros do Interior e da Justiça no dia 20 deste mês, as nações se comprometeram a absorver um número menor, 32 mil pessoas. O Reino Unido, por causa de tratados com a União Europeia, não tem obrigação de participar do rateio. O país decidiu abrigar 2,2 mil refugiados, mas não fará a regularização deles.
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