Homens armados invadem hospital e resgatam traficante em Niterói

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Publicado Segunda, 10 de Novembro de 2014 às 11:16, por: CdB
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O traficante Johnny da Silva estava algemado e sob custódia de policiais militares
Em uma ação ousada, vários homens armados de fuzis e pistolas, resgataram na madrugada desta segunda-feira, do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, o criminoso Johnny Luis da Silva, conhecido como Bebezão. Ele é acusado de comandar o tráfico de drogas na favela Gogó da Ema, em Guadalupe, subúrbio do Rio de Janeiro. Segundo o comando do 41º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Irajá, o criminoso foi ferido em setembro, quando participou de uma tentativa de roubo de três carretas de entrega de cigarros, na Pavuna. Ao ser ferido e preso, o traficante foi encaminhado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas por medida de segurança foi transferido sob escolta policial  para o outro hospital que fica mais distante da capital Fluminense. O traficante Johnny da Silva estava algemado e sob custódia de policiais militares, na enfermaria do hospital. Na hora da invasão, no entanto, apenas um militar tomava conta do traficante. Ele foi obrigado a soltar a algema do preso e trancado numa sala juntamente com funcionários e pacientes do hospital. De acordo com a PM, todos os policiais envolvidos nessa ocorrência estão sendo ouvidos pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que apura o episódio. Polícia Militar Até o fim do ano, mais 1 mil soldados estarão prontos para atuar no policiamento ostensivo no estado. Eles estão sendo preparados no Centro de Formação de Praças (Cfap), em Sulacap, onde têm aulas teóricas e práticas. A grade de disciplinas do curso foi reformulada para atender às demandas da política de polícia de proximidade. Cerca de 4,1 mil PMs já se formaram em 2014. Em 2015, a meta será preparar 6 mil profissionais. O conteúdo do curso têm passado por constantes avaliações com o objetivo de aprimorar cada vez mais a formação dos novos integrantes da Polícia Militar do Rio. Atualmente, a capacitação dura 27 semanas e engloba 32 disciplinas, que incluem aulas como Polícia Cidadã, Direitos Humanos, Tipos de Policiamento, Sociologia Criminal e Uso de Armas Não-Letais. – Temos hoje uma grade ajustada à matriz curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que privilegia uma abordagem do policial mais pautada em técnicas de mediação e resolução pacífica de conflitos. O policial deve ser capaz de compatibilizar o respeito aos direitos civis com a efetividade da atuação policial – explicou o coronel Antônio Carlos Carballo Blanco, diretor-geral de Ensino e Instrução da Polícia Militar. Mudança de filosofia Soldado em formação, Michele de Carvalho Ferreira, de 31 anos, acredita que a preparação baseada em uma polícia de proximidade é o grande diferencial da PM do Rio. – Estamos inseridos em um contexto de transformação da Polícia Militar. Uma das aulas mais interessantes para mim é a de Sociologia Criminal. Nela, tentamos entender porque um criminoso seguiu este caminho. Outra que gosto muito é a de Direitos Humanos – disse a aluna. Estudando no Cfap há cerca de cinco meses, Erivelton Lima Silva, de 34 anos, está empenhado em absorver todo o conteúdo dado em sala de aula para levar às ruas. – É um intenso aprendizado. Aqui nos transformamos em técnicos de segurança pública – afirmou o futuro PM.
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