Grupo anticorrupção abre denúncias contra policiais do Rio

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Publicado Terça, 04 de Agosto de 2015 às 11:22, por: CdB
Por Redação, com ARN - do Rio de Janeiro: Como desdobramento das investigações iniciadas durante a Operação Amigos S.A., o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em parceria com a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SSINTE/SESEG) cumpriram dez mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira, em vários pontos do Rio. A Corregedoria da Polícia Militar dá apoio à ação, que, nesta nova fase, recebeu o nome de Operação Profilaxia.  
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No curso das investigações, R$ 287,6 mil em espécie foram apreendidos na residência do major Edson
  Também foi oferecida denúncia contra o ex-comandante de Operações Especiais da Polícia Militar, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira; o ex-subcomandante do 14º BPM (Bangu), major Carlos Alexandre de Jesus Lucas; o ex-chefe da P2 do 14º BPM, capitão Walter Colchone Netto; o ex-coordenador operacional do 14º BPM, major Edson Alexandre Pinto de Góes; e as advogadas Maria Mércia Fontenelle de Oliveira e Maria Paula Fontenelle de Oliveira, respectivamente mãe e irmã do coronel Fontenelle. Eles são acusados pelo crime de lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, o coronel Fontenelle é o real proprietário de dois apartamentos registrados em nomes de terceiros e de uma casa em área nobre de Búzios, na Região dos Lagos. O primeiro apartamento, localizado no Grajaú, foi registrado no nome da irmã, Maria Paula, com 200 metros quadrados, avaliado em R$ 995 mil; o segundo, uma cobertura em Jacarepaguá, registrado nos nomes da mãe, do major Lucas e do capitão Colchone, no valor de R$ 750 mil, tem 300 metros quadrados.  As escrituras dos dois apartamentos foram feitas na mesma data, à época em que os oficiais atuavam no 14° BPM.  Além dos dois imóveis, Fontenelle também adquiriu no mesmo período um veículo Toyota Corolla. No curso das investigações, R$ 287,6 mil em espécie foram apreendidos na residência do major Edson. O dinheiro estava acondicionado em sacos plásticos, em maços de R$ 5 mil, e escondido no interior de um armário. Também foram encontrados 400 euros, joias em ouro e um bilhete manuscrito, que demonstrava uma divisão de quantias em dinheiro entre coronel Alexandre, major Edson e capitão Colchone. Ainda segundo a denúncia, Fontenelle incorreu no crime de lavagem de dinheiro três vezes e pode pegar pena de reclusão entre três e dez anos, por cada incidência, mais multa. Também foram encaminhadas cópias dos autos para a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, para que se apure crime de improbidade administrativa por incompatibilidade patrimonial. A Operação Amigos S.A. foi deflagrada no dia 15 de setembro de 2014. Foram denunciados pelo crime de associação criminosa armada 26 policiais militares do 14° BPM, dentre eles, seis oficiais que integraram o Estado-Maior do batalhão. Um mototaxista que fazia parte do esquema de arrecadação de propina também foi preso. A quadrilha exigia pagamento de propina de comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão. O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Bangu.
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