Governo Dilma diz que espionagem dos EUA está superada

Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva afirmou neste sábado que a divulgação de novas informações de espionagem dos Estados Unidos ao Brasil, feita pelo Wikileaks, não irá alterar as relações entre os dois países. – O governo (norte-)americano reconheceu os erros e assumiu compromissos de mudar de prática. Para nós, o episódio está superado – disse. As informações divulgadas agora detalham casos de monitoramento realizados no início do primeiro mandato da presidente da República e que, em 2013, motivaram duras reações do Palácio do Planalto. Na ocasião, Dilma chegou a adiar sua visita à Casa Branca. A divulgação dos dados de espionagem ocorrem dias depois de Dilma se encontrar com Barack Obama em Washington. A visita aos EUA virou a página de tensão entre os dois países após a crise provocada pelas ações irregulares da NSA. Assessores do governo notaram que, a partir da lista veiculada agora, é possível notar quais as áreas de interesse de espiões norte-americanos. Entre os diplomatas, há vários nomes que tocam a agenda do meio ambiente, tema discutido por Dilma e Obama nesta semana. De acordo com o WikiLeaks, foram espionados pela NSA 29 números de telefone relacionados ao governo, incluindo o do então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e do então secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, atual ministro do Planejamento. A lista também aponta como alvos de espionagem uma autoridade da área internacional do Banco Central, o ex-ministro de relações exteriores Luiz Alberto Figueiredo Machado, atual embaixador do Brasil nos EUA, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general José Elito Carvalho Siqueira. Também tiveram os telefones grampeados uma secretária e um assistente de Dilma, de acordo com a lista divulgada pelo WikiLeaks, além de telefones de representações brasileiras no exterior e até do avião presidencial.