França irá instalar controles de segurança em estações de trem
A França anunciou nesta terça-feira que instalará barreiras de segurança nas estações ferroviárias de Paris e Lille, que são pontos de parada do trem de alta velocidade Thalys. Medidas semelhantes estão planejadas também em Bruxelas e Amsterdã.
Por Redação, com DW - de Paris:
A França anunciou nesta terça-feira que instalará barreiras de segurança nas estações ferroviárias de Paris e Lille, que são pontos de parada do trem de alta velocidade Thalys. Medidas semelhantes estão planejadas também em Bruxelas e Amsterdã.
As barreiras serão instaladas até o dia 20 de dezembro, disse a ministra francesa de Energia, Segolene Royal, sem especificar o tipo de controle que será implementado.
Pontos de parada de trens de alta velocidade, estações de Paris e Lille terão segurança no embarque de passageiros reforçada
As preocupações com a segurança aumentaram após os ataques terroristas em Paris no último dia 13 de novembro, que deixaram 130 mortos. Autoridades solicitaram controles mais rigorosos em estações ferroviárias com verificação de identidade de passageiros e raio-x de bagagens, como o realizado em aeroportos.
Em agosto, um suposto militante islamita embarcou num trem Thalys que ia de Amsterdã a Paris fortemente armado. Um atentado, porém, foi impedido por passageiros.
A polícia acredita que o caso pode ter alguma relação com ataques na capital francesa e investiga se o suspeito de ser o mentor dos atentados em Paris, Abdelhamid Abaaoud , esteve envolvido no incidente do Thalys.
Atualmente não há nenhum controle prévio de passageiros que embarcam nos trens além das passagens. A companhia ferroviária francesa também SNCF, que opera os trens Thalys, planeja realizar controles de tickets em outros trens e estações ferroviárias no país e avalia disponibilizar somente bilhetes internacionais com o nome dos passageiros. Os Thalys ligam França, Alemanha, Holanda e Bélgica.
Material explosivo
Um cinturão de explosivos sem o detonador foi encontrado numa lixeira pública em Montrouge, um subúrbio ao sul de Paris, comunicou a polícia francesa na segunda-feira. O objeto foi encontrado "ao final da tarde num caixote de lixo" por um gari numa pilha de entulho, segundo os policiais.
O local da descoberta é perto de onde um telefone usado pelo suspeito Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques. Abdeslam, um belga de 26 anos e cujo irmão se explodiu durante os atentados de Paris, tem estado em fuga desde os ataques. Ele é o foco de uma caçada humana na França e na Bélgica.
Investigadores inicialmente acreditavam que Abdeslam estava dentro do Seat preto usado no tiroteio em restaurantes e cafés nos arrondissements (bairros) 10º e 11º da capital francesa. Uma fonte próxima à investigação, no entanto, disse que o celular de Abdeslam foi detectado após os ataques no 18º arrondissement, no norte de Paris, perto de onde um veículo Renault Clio abandonado e que havia sido alugado pelo suspeito.
A fonte afirmou que agora existe uma "forte suspeita" que Abdeslam esteve dirigindo o Clio em vez do Seat. Além disso, ao reivindicar a responsabilidade pelos ataques, a organização terrorista do "Estado Islâmico" (EI) afirmou que tinha como alvo o Stade de France, a casa de shows Bataclan e osarrondissements 10º e 11º, assim como o 18º.
Porém, como não houve tiroteio ou explosões no 18º arrondissement, investigadores estão agora trabalhando com as hipóteses de que houve uma falha ou que Abdeslam abortou sua participação nos ataques como homem-bomba.
Apesar do celular de Abdeslam ter sido detectado por uma torre de telefonia em Chatillon, perto de Montrouge, investigadores ainda são cautelosos em conectar Abdeslam ao cinto de explosivos. "A tese de que ele abandonou (o ataque)está vindo de pessoas que o levaram de volta (à Bélgica). Mas nós não sabemos por quê. Talvez ele teve um problema técnico com seu cinto de explosivos, por exemplo", disse a fonte policial.
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