França e Rússia matam mais de 30 jihadistas na Síria
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Quarta, 18 de Novembro de 2015 às 08:31, por: CdB
Por Redação, com DW - de Paris/Moscou:
Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou nesta quarta-feira que os ataques aéreos lançados pela França e pela Rússia no norte da Síria nos últimos três dias mataram pelo menos 33 jihadistas do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).
Dezenas de combatentes do grupo extremista também teriam ficado feridos nos recentes bombardeios a depósitos de armas, instalações militares e postos de controle na cidade de Raqqa, a "capital" do EI.
– O número limitado de mortos pode ser explicado pelo fato de os jihadistas terem tomado precauções. Havia apenas guardas ao redor dos depósitos e das instalações militares. A maioria foi morta em postos de controle – disse Abdel Rahman, diretor da organização baseada em Londres e que monitora a situação dos direitos humanos na Síria.
Rahman afirmou ainda que familiares de lideranças e combatentes estrangeiros do grupo extremista deixaram Raqqa em direção à cidade iraquiana de Mossul, outro reduto dos jihadistas que controlam grande parte da Síria e do Iraque.
A França intensificou os ataques aéreos na região após os atentados que deixaram 129 mortos em Paris. No domingo, militares franceses deram início a uma série de bombardeios, realizando o maior ataque do país na região. Outras operações foram lançadas nos dois dias seguintes.
Já a Rússia bombardeou alvos do "Estado Islâmico" em Raqqa na terça-feira, após Moscou confirmar que a queda do avião da companhia Kogalymavia na península do Sinai, no Egito, no último dia 31 de outubro, foi causada por uma bomba e Putin prometer caçar os responsáveis pelo desastre que matou as 224 pessoas a bordo.
Sem mudança de planos
Moscou ressaltou nesta quarta-feira, porém, que a confirmação de uma bomba a bordo do avião não mudou os seus planos para a Síria. Segundo o Kremlin, os ataques aéreos não são suficientes para combater o "Estado Islâmico" e devem ser apoiados pelas operações terrestres conduzidas pelas forças de segurança sírias.
A Rússia e o Irã são os principais aliados do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. Moscou iniciou sua campanha na região no final de setembro e já bombardeou cerca de 2,3 mil alvos na região.
Já a coalizão liderada pelos Estados Unidos, da qual a França faz parte, apoia a oposição moderada na Síria e vem lançando ataques aéreos contra o "Estado Islâmico" no país desde setembro de 2014, quando expandiu a campanha que teve início no Iraque.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os bombardeios mataram centenas de membros do EI, mas tiveram um efeito limitado sobre a capacidade do grupo de manter territórios.