Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2025

Família de estudante detido por engenhoca pede indenização

A família de Ahmed Mohamed , de 14 anos, pediu indenizações no valor de US$ 15 milhões à antiga escola do estudante e à cidade de Irving, no Texas. Devido a um mal-entendido, o jovem foi detido por ter construído um relógio confundido com uma bomba.

Terça, 24 de Novembro de 2015 às 08:16, por: CdB
Por Redação, com DW - de Nova York, EUA: A família de Ahmed Mohamed , de 14 anos, pediu indenizações no valor de US$ 15 milhões à antiga escola do estudante e à cidade de Irving, no Texas. Devido a um mal-entendido, o jovem foi detido por ter construído um relógio confundido com uma bomba. Em cartas enviadas à escola e ao município na segunda-feira, os advogados que representam a família alegaram que o jovem foi preso injustamente, detido ilegalmente e interrogado sem a presença dos pais.
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Ahmed Mohamed sofreu discriminação racial e religiosa
– Ahmed foi claramente discriminado devido a sua etnia, origem nacional e religião", afirmou a advogada Kelly Hollingsworth. A família do adolescente pediu à escola uma indenização de US$ 10 milhões e à cidade, de US$ 5 milhões, e deu um prazo de 60 dias para ambos se manifestarem, caso contrário, abrirá um processo judicial. Em setembro, após construir um relógio e levá-lo para mostrar aos professores, Ahmed foi retirado da sala de aula algemado e interrogado por policiais, que colheram suas impressões digitais e o mantiveram na delegacia por várias horas. A polícia disse acreditar que a engenhoca poderia ser uma bomba. Após o incidente, o presidente Barack Obama convidou o jovem, filho de imigrantes da Somália, para participar da noite de astronomia na Casa Branca, que contaria com a presença de astronautas da NASA e de outros jovens cientistas. O convite de Obama foi percebido, na época, como uma clara reprovação às atitudes da escola e dos policiais de Irving. O caso gerou um debate sobre islamofobia entre funcionários públicos. Os advogados acusam a escola, a polícia e autoridades municipais de violarem direitos civis ao acusar injustamente o adolescente. A escola afirmou que seus advogados estão analisando o pedido de indenização feito pela família de Ahmed. A prefeitura não quis se manifestar sobre o assunto. Atualmente, Ahmed vive no Catar, para onde se mudou com a família em outubro, após receber uma bolsa de estudos da Fundação Catar que incentiva jovens inovadores.
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